Escrevi na crônica passada sobre como o futebol acreano, a partir do início da década de 1970, foi pródigo em importar jogadores. Isso desde o pequeno Andirá, que naquele tempo era o time de uma família de políticos, cujo líder era o então governador Francisco Wanderley Dantas, o Dantinha.
E naquele texto falei também em como o futebol rondoniense abasteceu de ótimos jogadores o futebol acreano. Para ilustrar o meu argumento, citei muitos desses craques que brilharam nos clubes do Acre. Mas, como qualquer lista é imperfeita, esqueci vários nomes importantes.
Quem primeiro chamou a minha atenção sobre nomes que eu esqueci de mencionar foi o Alexandre Almeida, dono do site futeboldonorte.com. Ele me lembrou que faltavam na minha lista os nomes do Juliano César e do Zé Marco. Depois, nessa mesma linha, quem me alertou foi o Façanha.
Concordando com os dois, e achando injusta a minha omissão, retomo ao tema hoje para falar um tantinho desses atletas mencionados pelos parceiros, bem como falar de outros jogadores que eu mesmo lembrei tão logo reli minha crônica nas páginas: o zagueiro Dudu e o atacante Irineu.
O Juliano César, caso alguém não saiba, rondoniense de Guajará-Mirim, é simplesmente o maior artilheiro do futebol acreano na era do profissionalismo, marcando cerca de 300 gols, entre 2003 e 2013, com as camisas do Rio Branco (a maioria), do Atlético, do Galvez e da Adesg.
O Zé Marco, volante de profissão e vocação, agora técnico respeitado, que veio ao mundo na cidade de Rolim de Moura, durante anos foi o principal personagem do sistema defensivo do Rio Branco. À frente dos zagueiros, ele participou de combates históricos em torneios locais, regionais e nacionais.
No caso do zagueiro Dudu, que faleceu precocemente, vítima de uma Esclerose Lateral Amiotrófica, a lembrança que eu tenho dele é a de um defensor ao mesmo tempo técnico e viril. Não tinha vergonha de dar um chega pra lá nos atacantes, mas também sabia conduzir a bola nos pés.
Do Irineu, que era centroavante, desse só os torcedores mais antigos é que devem lembrar. Ele migrou para o Acre em 1979, para defender o Rio Branco e, logo de cara, já se sagrou campeão do Copão da Amazônia. Alto e forte, de estilo rompedor, Irineu enfrentava os zagueiros de peito aberto.
É isso. Resgatei mais quatro nomes de rondonienses que um dia migraram para o futebol acreano. Não só migraram como brilharam pelos mais variados clubes. Provavelmente ainda estou esquecendo alguns. Se eu lembrar de mais alguém, depois falo sobre eles. E que venha logo a vacina!