MANOEL FAÇANHA
O bom retrospecto do acreano Artur de Oliveira, 50 anos, no comando técnico do Castanhal durante a disputa do Campeonato Paraense/2020 não somente levou o clube às semifinais do torneio, mas garantiu, também, o retorno da agremiação ao calendário de competições nacionais, a partir de 2021. Façanha essa que o Japiim não conquistava desde 2003, quando o clube disputou seu último Campeonato Brasileiro da Série D. Conforme o regulamento do Parazão, o Japim, terceiro colocado na tabela de classificação, terá pela frente no próximo ano o seu retorno ao nacional da Série D e também à Copa do Brasil, competição que o clube não disputava há duas décadas. O bom retrospecto técnico garantiu ainda ao clube um passaporte à sua primeira edição de Copa Verde.
Feliz pelo resultado, o técnico Artur Oliveira conversou com à reportagem do site NA MARCA DA CAL. O treinador falou da campanha realizada à frente do Castanhal na disputa do Parazão, dos objetivos conquistados, do apoio da diretoria e também do carinho do torcedor do Japiim durante o Paraense, além do empenho de seus atletas e os seus planos para o futuro.
Veja a seguir os principais trechos da conversa, onde o técnico acreano garante que está livre no mercado, mas negocia sua presença no Castanhal para conduzir o clube à beira do gramado na temporada de 2021.
Artur Oliveira comemora resultados
“Eu faço uma avaliação bastante positiva da participação do Castanhal nesta disputa do Campeonato Paraense/2020, isso se levarmos em conta que o clube há bastante tempo não brigava pelas primeiras posições na tabela de classificação do torneio. Portanto, esse ano, não somente estivemos brigando pelas primeiras posições da tabela, mas também lutamos pelo título que, infelizmente, não veio. Mas estamos satisfeitos por termos alcançado o objetivo traçado, que era recolocar o clube no calendário de competições nacionais (Copa do Brasil, Série D e Copa Verde), isso sem falar de trazer de volta a autoestima do nosso torcedor”.
Técnico divide resultados com a diretoria
“Quando fui contratado pela diretoria do Castanhal tínhamos como principal objetivo garantir ao clube um vaga na próxima edição do Campeonato Brasileiro da Série D. Com um planejamento bem feito, a presença participativa da diretoria, o esforço e comprometimento de nossos jogadores, fomos bem mais longe ainda, garantindo assim não somente uma vaga no nacional, mas também nas copas do Brasil e Verde. Isso sem falar da conquista do título de melhor equipe do interior paraense. Portanto, quero deixar claro que isso só foi possível por esse conjunto de fatores e agradeço a todos que fizeram parte deste projeto”.
O limite do Castanhal foi chegar às semifinais
“Poderíamos ter até chegado às finais do Parazão, não tirando os méritos do Clube do Remo, mas um conjunto de fatores influenciaram para isso não ocorrer, como a paralisação da competição por conta da pandemia do novo coronavírus [o Castanhal, segundo Artur Oliveira, naquele momento estava bem mais encaixado], a reposição de peças do nosso adversário nesta reta final de paraense, entre outros”.
Renovação com o Castanhal
“Estamos conversando. Essa semana volto a conversar com a diretoria e o que posso garantir é que a renovação está bem encaminhada. E o que pesa favorável para um acordo entre as partes foram os bons resultados conquistados nesta temporada, tanto que o clube deve ampliar o número de parceiros [patrocinadores], pois o objetivo é fazer um projeto arrojado e capaz de levar o clube a brigar por uma vaga de Série C a partir de 2021”.
Artur Oliveira está no mercado?
“Neste momento minha prioridade será descansar um pouquinho próximo aos meus familiares, mas não posso dizer que não estou disponível no mercado. Sou um profissional, um pai de família e estou aberto sim a propostas”.
Nível técnico do Paraense/2020
“Esse ano tivemos um campeonato interessante e bem disputado e, no próximo ano, acredito que o Parazão será bem mais acirrado, pois o torneio contará com 12 equipes, isso justificado pela decisão de não haver rebaixamento nesta temporada”
Artur avalia os paraenses na Série D
“Eu acredito que o Bragantino, da cidade de Bragança, seja uma grata surpresa no torneio. O clube já conta com bons jogadores e a diretoria continua no mercado contratando reforços. A respeito do segundo representante do Pará, a equipe do Independente, da cidade de Tucuruí, tenho a dizer que será um novo time para a disputa do nacional, mas fica o alerta de jogos complicadíssimos para quem for jogar na casa deles, isso justificado pela distância geográfica de 700 quilômetros entre a cidade de Tucuruí e a capital Belém-PA”.
Agradecimentos
“Eu quero aproveitar a oportunidade para agradecer aos meus familiares, à diretoria do Castanhal, aos jogadores do clube que compraram minha ideia de jogo, assim como todos aqueles que torcem pelo meu trabalho. Também não posso deixar de agradecer o carinho e a confiança do torcedor do Castanhal, este voltando a ter orgulho da camisa do seu clube”.
