Dois resultados distintos rondaram as equipes acreanas na última rodada da série D do campeonato brasileiro. O Rio Branco foi a São Luís, a famosa Ilha do Amor cantada pelos menestréis, e se deu mal. Enquanto isso, o Atlético foi a Santarém e arrancou um empate no apagar das luzes.
A situação do Rio Branco, apesar da derrota, não é das piores não senhor. O Maranhão, time que recebeu a equipe acreana, não fez mais do que a sua lição de casa. Fez prevalecer a sua condição de anfitrião e enfiou clássicos 2 a 0 no Estrelão. Um resultado, eu diria, absolutamente normal.
No jogo da volta, aí sim, será a vez de o Rio Branco fazer o que os caras da terra do reggae fizeram lá. Claro que o Estrelão já entra em campo com uma desvantagem considerável. Mas nada que não possa ser revertido. Pode sim. E eu, particularmente, acho que o time tem muita força para isso.
Diante dos depoimentos de que o segundo gol dos maranhenses foi fruto de um pênalti inexistente (eu não vi, mas acredito nas narrativas), então tudo indica que esse adversário do Estrelão não é nada de excepcional. Parelho, talvez. Duro, certamente. Mas nada do outro mundo.
A palavra do goleiro Omar, a respeito desse pênalti supostamente cometido por ele, dá conta de que ele nem tocou no jogador do Maranhão. Então, penso eu cá com os meus botões, foi um “pênalti Mandrake”, daqueles materializados por um gesto cabalístico de um mágico do apito.
Ora, meus caros, quem já está há anos na janela do mundo do futebol sabe muito bem que para determinados árbitros não significa nada a expressão jurídica “in dubio pro reo” (na dúvida a favor do réu). Muito pelo contrário, se restar dúvida, o que vale é apitar a favor do time da casa.
Mas, como toda moeda tem duas faces, eis que o outro time do Acre, o Atlético, foi ver o ímpeto do Rio Tapajós e segurou legal o São Francisco, time da casa: 3 a 3. Com um detalhe: sempre correndo atrás de uma desvantagem. O empate, nos acréscimos, premiou o esforço do Galo.
Esse resultado do Atlético, que o credencia para superar o adversário quando jogar em casa, no próximo fim de semana, me faz lembrar uma ideia do seu treinador, o professor Álvaro Miguéis. Segundo ele, o seu time sempre joga pra cima, independente do lugar da partida. Dito e cumprido.
Uma explicação: essa expressão “Ave” que eu escrevi no título é a reprodução da maneira como os antigos romanos saudavam os seus imperadores. Além disso, o Galo é ave mesmo e tem que ser rei no seu terreiro. Jogando pra cima do inimigo, o certo é confirmar sua majestade!