Duas boas notícias invadiram o espaço acreano no fim de semana que recém passou. Primeira, a goleada desferida pelo Atlético pela partida de ida da segunda fase da série D, sobre o Náutico, em Boa Vista. Segunda, a convocação do goleiro Weverton para defender o Brasil nas Olimpíadas.
A vitória do Atlético, dada a diferença de gols marcados (5 a 1), torna praticamente impossível uma reviravolta na classificação à terceira fase da competição. Não que futebol se resolva de véspera. Nada disso. Mas é uma vantagem mesmo demasiadamente cômoda. Bota cômoda nisso.
Na tarde de sábado, a cada gol do Atlético o meu smartphone emitia um bipe. Era o meu editor Manoel Façanha me alertando sobre o fato de que o céu de Roraima se vestia de um imenso azul. Cada bipe era um gol. Teve uma hora em que achei que o aparelho estava era com defeito. Cinco!
Diante do “buzinaço” saído do smartphone, eu não pude deixar de lembrar uma frase do técnico Álvaro Miguéis, com referência ao Atlético, numa recente troca de e-mails comigo: “Jogamos sempre para ganhar, seja em casa ou fora”. Não se tratava de frase de efeito, pude constatar de fato.
A galera ainda nem havia curtido totalmente a expressiva vitória do Galo quando sobreveio a segunda boa notícia para a comunidade esportiva acreana. Eis que o goleiro Weverton, cria da base do Juventus local, hoje no Atlético Paranaense, foi convocado para integrar a seleção olímpica.
O ótimo goleiro Weverton chega ao ponto mais alto da sua carreira e leva tanto no corpo quanto na alma a torcida de todos os acreanos. É hoje, sem nenhuma dúvida, o futebolista nativo de maior projeção. Sério e extremamente comprometido com a sua profissão, ele merece o sucesso.
Antes do Weverton, se a memória não me falha, só outros dois acreanos chegaram a defender o Brasil em Olimpíadas: Sônia Roque, da seleção brasileira de futebol feminino, nos Jogos de Atlanta, em 1996; e o capitão Carlão, do voleibol, medalhista de ouro em 1992, em Barcelona.
Weverton chega à seleção olímpica para substituir Fernando Prass, que sofreu uma contusão no braço. De acordo com o que dizem as diversas matérias sobre a sua convocação, ele foi o escolhido da vez por conta de duas qualidades: ser pegador de pênaltis e saber jogar com a bola nos pés.
Pegar pênaltis é fruto, principalmente, de muito treinamento debaixo das traves. Mas saber jogar com os pés é outra coisa. Diz respeito à iniciação do sujeito no futebol. No caso do Weverton, nos infantis, na Escolinha do Francisco Teles, o hoje goleirão era atacante. Vocês sabiam?