Não há favorito no jogo das quartas de final entre Brasil e Bélgica (o belgas mostraram belo futebol na primeira fase, apesar do sufoco contra o Japão nas oitavas) – muito menos haverá se a seleção brasileira chegar à semifinal contra a França ou o Uruguai. No entanto, o campeão da Copa tem mais chance de sair desses confrontos do que daqueles que ocorrerão do outro lado da tabela.
Os jogos consolidados na outra parte do certame, que tem Rússia, Croácia (já classificadas às quartas), Inglaterra, Colômbia, Suíça e Suécia, faz a gente sentir falta da Holanda e da Itália na Copa do Mundo. Tirando os bons times da Inglaterra e da Croácia – este último já em alguns Mundiais mostrando força no futebol -, o restante não empolga.
Os italianos e holandeses talvez nesse bolo, por certo, dariam mais brilho à competição, sem demérito aos clubes de menor expressão participantes do mata-mata. Aliás, azar da Copa do Mundo a não presença da Itália e da Holanda; assim como azar da Copa não ter dado um título ao Messi e ao Cristiano Ronaldo, a despeito das brincadeiras pela saída precoce de suas seleções do Mundial desse ano.
A França se sabia do ótimo time para essa competição – reafirmou isso nos jogos. Já o Uruguai cresceu muito. Foi notável contra os portugueses. Foi a equipe que mais manteve as características do futebol sul-americano nesse Mundial dentro de campo, na luta, na raça, no talento individual – e na dupla de ataque sensacional Cavani-Suárez.
Sobre a vitória do Brasil contra o México, Neymar lutou, fez gol, mas continua com muita cena acima da média de um jogador de futebol, apesar de ter sido caçado em campo. O craque foi decisivo – no entanto, o jogo decidiu pouco, contra uma equipe com méritos ainda limitados.
Com isso, Neymar precisa provar que é, de fato, na seleção brasileira, preponderante – quem sabe não faz isso contra a Bélgica, Uruguai ou França. No mais, o meio de campo, tão fundamental no esquema de Tite, não chegou ao ápice.
Thiago Silva dessa vez não refugou. Tem sido brilhante. E agora, com o gol do Firmino na última partida, é possível que Gabriel Jesus seja substituído.
Enfim, o Brasil ainda não enche totalmente os olhos, mas tem sido eficiente, como Tite gosta. Lembra o time campeão de 1994. Vamos ver se agora, enfrentando realmente grandes adversários, manterá o rendimento.