Clássico “Pai e Filho” surgiu há mais de 50 anos. Foto/Manoel Façanha

Clássico Juventus x Rio Branco é destaque no Museu do Futebol

Augusto Diniz – São Paulo (SP)

Do Acre, além da exposição das camisas dos clubes Juventus e Rio Branco, o visitante pode conferir uma painel interativo.

Com a apresentação das camisas oficiais de Juventus e Rio Branco lado a lado, o Museu do Futebol, sediado dentro do Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP), destaca o chamado confronto “Pai e Filho” entre ambos clubes. A mostra faz parte da exposição temporária “Clássico é clássico e vice-versa”.

O projeto visa expor as rivalidades clubísticas em um espaço dedicado do Museu do Futebol. Estão lá vários clássicos de todos os estados brasileiros – como os tradicionais Fla x Flu, Corinthians x São Paulo, Inter x Grêmio, Cruzeiro x Atlético, Fortaleza x Ceará – mais o Distrito Federal. A região Norte está bem representada.

Do Acre, além da exposição das camisas dos clubes Juventus e Rio Branco logo na entrada do principal salão da mostra, num painel interativo (aliás, são quatro deles disponíveis na exposição) o visitante pode conhecer mais sobre o clássico “Pai e filho”, como a história do confronto, os jogos, como surgiu, a origem do apelido do clássico e fotos.

Em outra seção da exposição, com informações descritas em tábuas dependuradas lado a lado (são diversas delas) explicando o apelido de vários clássicos do futebol, inclusive de cidades do interior do País afora, está lá de novo o confronto acreano e a informação: “Rio Branco é o time pai. Juventus, criado a partir de uma dissidência tornou-se, então, o filho”. O Juventus, quando foi criado em 1966, trouxe para seu grupo quase todos os jogadores do então time do Rio Branco.

Nesta mesma tábua encontra-se outro clássico de igual nome “Pai e filho”, que ocorre no Estado vizinho do Amazonas. Trata-se do confronto manauara entre Nacional x Nacional Fast Clube. A descrição na tábua, abaixo da do Juventus x Rio Branco, esclarece: “O mesmo se passa entre o Nacional Fast Clube, o ‘filho’ dissidente do Nacional”.

Em outra tábua da seção, mais um clássico de futebol de Manaus é apresentado: São Raimundo x Sul América, que tem o nome de “Galo Preto”, já que sempre na semana que antecedia ao clássico, os torcedores de ambos times faziam despachos para o rival (utilizando o animal), informa o mural.

Rio Branco x AC Juventus fazem mais um clássico “Pai e Filho”, mas esse válido pelo Copão da Amazônia de 1987. Foto/Arquivo pessoal de Manoel Façanha.


Na seção em que camisas de clubes rivais surgem lado a lado, além de Juventus x Rio Branco, como já relatado, encontra-se um terceiro clássico amazonense ressaltado na exposição: Rio Negro x Nacional, conhecido como Rio-Nal.

O Rio-Nal é um dos clássicos mais tradicionais do futebol do norte do país. Foto/Augusto Diniz.

Do Pará, as camisas do Remo e Paissandu – clássico “Rei da Amazônia” – aparecem ao lado da dos Juventus e Rio Branco, nessa exposição no Museu do futebol. O Re-Pa é o clássico com mais jogos no País, de acordo com informações da mostra: 745 partidas.

De Rondônia é homenageado com camisas o clássico da “Vizinhança” Ji-Paraná e União Cacoalense (Ji-Paraná e Cacoal, sede desses times, são municípios vizinhos em Rondônia); de Roraima, Baré x Atlético Roraima; do Amapá, São José x Ypiranga; e do Tocantins, Palmas x Tocantinópolis.

A exposição temporária fica disponível aos visitantes até 03/02/2019. Foto/Augusto Diniz

Jornalista acreano trabalhou na pesquisa

O jornalista Manoel Façanha conta com grande acervo do futebol acreano. Foto/Sergio Vale

O material do clássico Juventus x Rio Branco, incluindo textos e fotos, foi fornecido pelo jornalista acreano Manoel Façanha, que possui grande acervo sobre a história do futebol no Acre.

A exposição temporária “Clássico é clássico e vice-versa”, no Museu do Futebol na capital paulista, fica disponível aos visitantes até 3 de fevereiro do ano que vem. O museu abre de terça a domingo, das 9h às 18h.