Manoel Façanha
Rio Branco, AC – Hoje as mulheres entendem tanto quanto os homens de futebol ou até mais em alguns casos. Essa regra não se aplica somente a ex-técnica Cláudia Malheiro, primeira treinadora de futebol do país ao dirigir em 1999 o Vasco do Acre-AC, mas agora, a também treinadora Maria Cleia Araújo do Nascimento, de 44 anos, técnica da equipe amadora de futsal do WFC, campeã na semana passada da 1ª edição da Copa Amadora de Futsal Papelaria Globo.
Ex-jogadora de futebol feminino do Juventude das Placas e Santa Cecília e ainda com passagem pela equipe de futsal da AABB, explica que a carreira de treinadora foi motivada pelo fato de uma lesão do joelho tirá-la de vez dos gramados, assim como das quadras. Sem conseguir ficar longe da bola, resolveu assumir na temporada de 2009 o posto de treinadora da recém-criada equipe do WFC, time do bairro das Placas.
Na temporada 2013, ela teve uma experiência de treinar a equipe de futebol feminino do Atlético Acreano, mas falou que não se identificou com a experiência e logo largou o clube. O motivo da desistência de dirigir atletas do mesmo sexo, segundo ela, seria além do futebol ser bem mais lento em relação ao praticado pelos homens, a frágil sensibilidade das mulheres.
– Se desse um esporro pelo fato de uma jogada sair errada, a confusão estava feita e o relacionamento já não ficava tão bom. No entanto, isso não acontece com os homens, pois oriento, xingo dentro da normalidade e depois do jogo está tudo bem, explica ela.
Outra experiência da treinadora foi com a equipe de futsal do Monte Negro na disputa do Campeonato Acreano de Futsal da 2ª Divisão, aonde chegou a disputar as semifinais da temporada 2014, mas acabou eliminada para o representante de Sena Madureira.
Com outras duas finais pela frente ao comando do WFC (Copa Rio Branco de Futebol de Areia e Copa de Futsal Umarb), Cleia Araújo pretende intensificar os treinamentos da equipe, pois segundo ela, o segredo para um bom time está na preparação física, técnica e tática.
