Clube e jogador continuam com mente fixa em dinheiro

A venda do meia de 21 anos do Flamengo ao Milan, da Itália, por cerca de R$ 150 milhões, nada mais é do que mente fixa tanto de jogador como do clube em fazer dinheiro.

Faz tempo que o rubro negro carioca tentava repassar para fora o atleta. E, então, finalmente, chegou uma proposta satisfatória, no auge da carreira do jogador no Brasil.

Paquetá foi mais efetivo ao Flamengo do que Vinícius Jr., vendido, porém, ao Real Madri por valor maior. O atleta ainda fará algumas partidas com a camisa do Flamengo, mas corre para o exterior para receber a bolada anual de mais de R$ 7 milhões.

No rubro negro, seu salário por ano não girava muito além de R$ 1 milhão. É uma diferença gritante. Além do mais, vai sair desse calendário brasileiro, do estadual do ano que vem sempre inexpressivo em jogos em estádios inseguros.

Segue para a Itália, que busca a retomada de seu futebol e o interesse do mundo ao Campeonato Italiano. Paquetá vai nessa levada. Também não precisa provar mais ao Tite que joga bola – o próprio técnico fez questão de valorizar seu passe recentemente, depois de preteri-lo na Copa do Mundo da Rússia.

O futuro atleta milanês já tem seu lugar cativo na seleção brasileira no novo formato, além de uma posição boa na Europa. O Flamengo já deve ter virado passado na cabeça do jogador tamanho a mexida financeira que terá.
O clube também já trata desse jeito: foi-se. Temos agora um dinheiro para equilibrar as contas sempre combalidas de saco sem fundo.

Futebol brasileiro é assim. Aliás, sempre foi desse jeito. Tempos atrás até tentaram contornar o êxodo de jogadores da seguinte forma: pega-se dez atletas muito bons, trabalha-se bem eles, venda cinco deles e mantenha o resto para tentar ganhar títulos por aqui.

O São Paulo foi o maior exemplo dessa tática. Aliás, boa, se o clube não tem muita arrecadação além das famigeradas cotas de transmissão de TV.

Fazer o quê. Não dá para brigar com as federações muito menos com a CBF para tentar fazer dinheiro também com venda de produtos e licenciamento e, principalmente, bilheteria – fala sério, quem arrisca no meio de semana sair do estádio meia-noite, com toda a violência por aí, numa partida com jogadores lentos e qualidade duvidosa – e agora sem o Paquetá?

O futebol brasileiro é um produto valoroso de exportação. Então vamos vender e fazer dinheiro. Não há motivo algum em apostar no mercado interno. Paciência!