MANOEL FAÇANHA
Os nove clubes profissionais do Acre formaram durante a pandemia do covid-19 um grupo de whatsapp para estabelecer diálogo sobre a paralisação do estadual, surgindo assim a ideia da criação da “Carta do Movimento Acreano dos Clubes Profissionais de Futebol” , no sentido de buscar auxílio financeiro junto à Federação de Futebol do Acre, após a entidade receber ajuda de custo da ordem de R$ 120 mil, verba essa destinada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para amenizar os prejuízos ocasionados pela pandemia do covid-19.
Conforme o blog do Chico Pontes, apenas o Rio Branco teria se negado a assinar a carta. O presidente estrelado teria alegado para o blog que não assinou a carta pelo fato de interpretar que a mesma teria entendimento de aplicar uma “prensa” na Federação de Futebol do Acre, entidade que é contraria à partilha dos recursos. O dirigente também teria argumentado ainda ao blog que não apoia a carta pelo fato da atitude não fazer parte da sua formação, da sua índole, do seu jeito de administrar.
Em conversa com o presidente Afonso Alves, do Andirá EC, ele explicou que à carta será protocolada nesta quinta-feira (16) na secretaria da Federação de Futebol do Acre (FFAC). O dirigente comentou ainda que os recursos reivindicados serão aplicados para o pagamento da folha salarial de atletas e reafirmou que o Rio Branco será o único clube a não assinar à carta.
O Campeonato Acreano/2020 foi paralisado dia 17 de março, logo após o encerramento do primeiro turno vencido pelo Galvez, para atender uma recomendação da lei devido à pandemia do covid-19.
Solidários
Na semana passada, duas federações, sensibilizadas com as condições vividas pelos clubes neste momento de pandemia, resolveram distribuir os recursos entre clubes e arbitragem. O primeiro ato de solidariedade partiu da presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, com a mesma, inclusive, emitindo nota à imprensa. Na mesma semana, a Federação Motogrossense de Futebol (FMF) também comunicou que iria distribuir os recursos para seis clubes participantes do estadual (Nova Mutum, Sinop, Poconé, Araguaia, Mixto e Dom Bosco. Cuiabá, Luverdense, União e Operário de Várzea Grande não seriam bonificados com os recursos da CBF, pois participam de competições nacionais.