Nessa última semana de abril, duas datas se destacaram no mundo do futebol, nacional e regionalmente falando. Do ponto de vista do país, comemorou-se o Dia do Goleiro, na quarta-feira, 26. No cenário regional, no dia 27, comemorou-se o aniversário de fundação do Atlético Acreano.
As duas datas já foram objetos em anos anteriores das minhas tentativas de gaguejar com as palavras, mania que resiste ao tempo, apesar dos meus cabelos cada vez mais embranquecidos. Não sei bem o que eu disse sobre esses temas nos anos anteriores. Mas sei que já falei nisso sim.
De qualquer forma, não custa lembrar que o Atlético, fundado em 1952 e atualmente ostentando o título de campeão estadual, completou 65 anos. Já os goleiros, esses eu acho que existem desde sempre. Provavelmente, logo depois do sopro divino Deus fez sua primeira defesa!
Mas juntando uma coisa com a outra, levando em conta que eu já falei sobre as duas datas em anos anteriores, o que eu quero mesmo nessa crônica de hoje é lembrar alguns grandes goleiros que já defenderam o Atlético Acreano, glorioso Galo do Segundo Distrito da capital do Acre.
Lá nos tempos de mais antigamente, de acordo com os relatos da turma da época, o grande nome que guardou as traves do Atlético foi o de Pedrito. Quem o viu em ação diz que o homem era um paredão. Jogou no Galo e no Estrelão. Pena que muito cedo ele resolveu ir embora do Estado.
Dos que eu vi atuar, destaco quatro: Café, na segunda metade da década de 1960; Zé Augusto, o mais estiloso de todos, com passagem pelos juvenis do Flamengo carioca; Tidal, uma verdadeira lenda, quase interminável; e Ilzomar, dono de impulsão e reflexos absolutamente raros.
Café, por sinal, foi o responsável direto pelo título estadual do Atlético em 1968. A decisão foi jogada numa melhor de três partidas contra o Juventus. Na primeira, com Dêmis no gol, o Atlético levou de seis a zero. Aí foram buscar o Café, que estava em Porto Velho. O homem pegou tudo!
Depois do Atlético, Café jogou ainda no Rio Branco e no Vasco da Gama. Mas foi no Galo, ao lado de gente como Zé Alab, Oliveira, Pincel, Nanico, Lelê, Euzébio, Fernando Diógenes, Bebé, Vítor e Maurício Bacurau que o goleiro viu sua estrela brilhar com mais intensidade. Craque.
O ponto de partida de qualquer equipe que se proponha a vencer é o goleiro. O Atlético, salvo as exceções de praxe, sempre esteve bem servido deles. A saga continua nos dias atuais com Babau e Edivandro. Vida longa ao Galo e aos goleiros. Em cada gota de suor um oceano infinito de glórias!