Em fevereiro do ano passado, quando Neymar se machucou num jogo do campeonato francês, o mundo do futebol ganhou um protagonista pouco usual para as suas manchetes: o quinto metatarso. O osso do dedinho do pé passou a ter uma importância jamais vista na história da humanidade.
Os torcedores brasileiros, ante o diagnóstico dos médicos de que o seu craque maior deveria passar por uma cirurgia, se encheram de apreensão. Afinal, a Copa estava bem ali na esquina. Não havia garantia de que o gênio Neymar se recuperaria a tempo para jogar o Mundial da Rússia.
Aí o Neymar foi operado, botou um pino de aço no dedinho, se recuperou a tempo de jogar a Copa e, enfim, tudo terminou bem. Quer dizer, bem mesmo não terminou, uma vez que o Brasil acabou sendo eliminado pela Bélgica. Mas o que interessava era ver o Neymar inteiro.
A boa recuperação do atacante dava-nos a esperança de que ele nunca mais machucaria o dedinho do pé direito. Não era mais só osso naquela parte da anatomia do super craque. Agora era um pino de aço. Houve até quem tenha dito que o chute dele de trivela ficaria bem mais poderoso.
Eis que, porém (entretanto, contudo, todavia), menos de um ano depois Neymar voltou a quebrar o tal do quinto metatarso. Na primeira vez, Neymar se machucou sozinho, ao pisar em falso. Agora, o dedo foi para o espaço depois de uma entrada de um zagueiro do francês Strasbourg.
O mundo se quedou perplexo. Como assim? Não colocaram um pino de aço no dedinho do Neymar? E o pino de aço não é mais forte do que o original de osso? E não era para esse dedinho aguentar porrada? E tome interrogações, seguidas das complementares teorias conspiratórias.
Uma dessas teorias explica que o dedinho no Neymar quebrou de novo porque não houve o tal pino de aço na primeira cirurgia. De acordo com os defensores dessa tese, mesmo a cirurgia não tendo sido feita pelo Sistema Único de Saúde, o dedinho teria sido colado com Super Bonder.
Outra teoria dá conta que colocaram um pino sim no dedinho do Neymar, mas não feito de aço, como saiu na mídia. Por essa versão, o pino teria sido produzido em Barcelona. E aí já viu, né? Magoados com a ida de Neymar para a França, os catalães trataram de fazer um pino de vidro.
Por último, os teóricos da conspiração suspeitam que o pino foi produzido por algum país da América Latina. Nesse caso não existe consenso para determinar onde. Argentina e Paraguai são os mais citados. A Argentina por razões óbvias. E o Paraguai pela tradição de falsificar tudo. Será?