Depois do empate contra o Uruguai, em Pernambuco, era mais que previsível um resultado ruim da seleção no jogo com o Paraguai fora de casa – por sorte não foi pior com o empate arrancado no final do confronto.
A partida contra os uruguaios era um jogo chave depois de uma sofrida atuação nas quatro primeiras rodadas, quando ganhou da Venezuela e do Peru, mas perdeu do Chile e empatou com a Argentina (contra estas duas últimas equipes atuou fora). Nesse quadro, no clássico contra a Celeste, jogando em casa, seria a redenção, mas não foi.
No confronto seguinte, em Assunção, estava desenhado o sufoco que seria – e foi.
É impressionante como sempre pós-Copa do Mundo alguns jogadores continuam intocáveis, mesmo quando muito criticados no torneio. O zagueiro David Luiz talvez seja um dos casos mais emblemáticos – para o bem, não participou da partida no Paraguai por conta de suspensão; Neymar também não esteve presente cumprindo suspensão.
A convocação do atacante Hulk é um mistério. Entrou na última partida e só se salvou por que foi responsável indireto pelo gol de Ricardo Oliveira. Ele pode ter terminado seu “casamento” com a seleção.
As críticas sobre Dunga aumentam na medida em que o Brasil se afasta das primeiras colocações na tabela das Eliminatórias Sul-Americanas – e também da classificação do Mundial da Rússia.
O comandante é subproduto da CBF, que prefere técnicos subservientes a ela – o ex-jogador “cai como uma luva”. Também só existe um concorrente a vaga de Dunga hoje no Brasil: Tite, que não é uma unanimidade pela forma um tanto fora do eixo do padrão brasileiro de jogar bola.
Os paraguaios já diziam antes da partida que temor pela camisa verde amarela tinha ficado para trás faz tempo.
É fato que a defesa do Brasil precisa ser renovada, ter peças de reposição eficientes, ganhar uma cara de respeito e padrão de jogo impositivo – isso não acontece desde o Mundial no Brasil.
O problema é crônico. Thiago Silva se foi. David Luiz pode ser o próximo? E o Marcelo, volta? Filipe Luís está na fila de ir embora. Contra o Paraguai entrou na lista dos enforcados Miranda e Daniel Alves, embora este último tenha se redimido só por causa do gol no final da partida contra o Paraguai.
O que se tem encontrado um pouco mais convincente é do meio para frente, mas ainda com muita rotatividade. Ainda não saiu da fase de experiências.
O Brasil terá dois confrontos difíceis nas próximas rodadas: Equador (jogando lá, lembrando que o time é líder ao lado do Uruguai das Eliminatórias) e a Colômbia (também complicado na frente do Brasil na tabela de classificação). Sei não…