De verdade mesmo, ficou ruim a situação do Rio Branco na Série D. Por perder o jogo da ida dentro de casa, o Estrelão agora vai ter que suar sangue para dobrar o Altos lá no Piauí e lograr o avanço para a próxima fase da competição. Nada impossível, mas com certeza deveras complicado.
Ao levar de 2 a 0, em plena Arena (“da Floresta” para uns e “Acreana” para outros), o Rio Branco foi o único time mandante a perder nessa primeira escaramuça do mata-mata. Houve vários empates (nove, pra ser exato), como foi o caso do outro acreano, o Galvez (0 a 0 com o River, também do Piauí).
No correr da semana, certamente, a comissão técnica do Rio Branco vai tratar de lamber as feridas e motivar os guerreiros para a próxima batalha. Talvez o moral e a autoestima sejam os fatores que mais necessitem ganhar o foco das palestras. Fazer ver que em futebol não se perde de véspera.
Diante de toda a dificuldade, fico imaginando algumas possibilidades de caminhos a serem trilhados, bem como de providências que a galera do time da estrela rubra deve tomar para virar essa parada. A começar por pegar um avião ainda hoje e chegar ao estado do Piauí bem antes do dia do jogo.
A chegada dias antes do jogo permitiria aos jogadores do Rio Branco se acostumarem com o calor infernal que faz naquela terra, onde um sol pra cada cabeça é capaz de fritar ovo no asfalto, desde os primeiros minutos da manhã. Sei, no Acre também faz muito calor. Mas o calor do Piauí é pior.
O meu outro conselho é para o pessoal do Rio Branco usar, pelo menos no primeiro tempo, a tática do carrapato. Essa tática consiste em grudar no adversário e não sair do corpo dele nem por um instante que seja. Seguir os caras até se, por acaso, algum deles tiver vontade de deslocar-se ao banheiro.
Aí, no segundo tempo, depois que eles tiverem irritados com a marcação “carrapato”, a ideia é mudar para a tática do “kamikaze”, atirando-se ao ataque com todos os onze jogadores. Se for o caso, tirar o goleiro e se mandar pra frente com onze atacantes. Sufocar os sujeitos lá na área deles.
Como complemento dessas providências, convém a delegação do Rio Branco viajar com um cozinheiro para preparar toda a comida a ser consumida. Não que Altos tenha alguma coisa a ver com Bragança, onde os jogadores do Estrelão pegaram uma infecção alimentar. Mas, sabe-se lá.
E, por último, a exemplo do que fez o Cruzeiro, no recente jogo contra o Brasil de Pelotas (4 a 1 para os mineiros), não custa nada o Rio Branco espalhar sal grosso nos quatro cantos do gramado do estádio lá deles. Se deu certo pra o Cruzeiro, porque não ajudaria o Rio Branco? Hein? Por quê?