Dose tripla

Se um é pouco e se dois é bom, três é melhor ainda. Sei lá se é mesmo. Só sei que vai ser assim a rodada deste sábado (13 de abril) do campeonato acreano, no Florestão. Rodada triplamente qualificada. Oportunidade única para a galera esperta verem ação seis dos dez times envolvidos no torneio.

A situação se explica por conta de um jogo atrasado entre Andirá e Independência, que deveria ter sido disputado no dia 24 de março. Foi um dia em que choveu tudo e mais um pouco. Um daqueles dias em que a gente tem certeza de que o planeta deveria se chamar era “Água” e não “Terra”.

O Morcego e o Tricolor, nesse caso, vão só cumprir tabela. Não aspiram nada mais dentro da competição. Talvez até, se pudessem, deixavam esse jogo pra lá e davam férias mais cedo para os seus elencos. Como não podem fazer isso, vão ter que ir a campo e tentar se despedir com honra.

Depois de morcegueiros e tricolores, chegam as semifinais do returno e aí a coisa pega pra valer. Primeiro com Atlético e Galvez. Depois com Vasco da Gama e Rio Branco. Dois desses seguem em frente para a finalíssima do referido returno. Os outros dois vão pra casa chupar o dedo.

No confronto entre Galo e Imperador eu não ousaria apontar um favorito. São times bem parelhos. Costuma sair faísca quando se encontram. Já jogaram duas vezes esse ano. O Atlético venceu uma e a outra foi empate. Mas o Galvez se deu melhor porque foi o campeão do turno, nos pênaltis.

Como não existe um terceiro turno, pode-se dizer que a responsabilidade maior recai sobre os ombros do Atlético, único representante do estado na série C. Para garantir o seu “trocado” na Copa do Brasil do ano que vem, o Atlético precisa avançar até o alto do pódio.

Já para o segundo confronto dessas semifinais, entre Vasco e Rio Branco, de acordo com as informações do meu afilhado Manoel Façanha, o que mais chama a atenção é a postura dos treinadores. Som, pelo lado do Vasco, fala tudo e mais alguma coisa; Jader, do Rio Branco, não diz nada.

No discurso do técnico Som, relata o Façanha, a afirmação de que o Vasco jamais perdeu duas vezes para o Rio Branco no mesmo campeonato. E essa cota já foi atingida, naquela peia de 1 a 5 do primeiro turno. Enquanto isso, a resposta do Jader é um sorriso enigmático, bem no estilo Mona Lisa.

Quatro times, quatro sonhos, quatro desejos de seguir rumo ao título estadual. Da minha parte, bem à moda do político Tancredo Neves, eu torço pelo Atlético, tenho uma certa predileção pelo Rio Branco, remelo o olho pelo Vasco e simpatizo com o Galvez. E assim, que vençam os melhores!