Francisco Dandão
Recém contratado pelo cearense Floresta como um dos principais reforços para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro de 2021, o atacante acreano Eduardo Amâncio Alves Lopes vai mostrar o seu futebol no sétimo estado do país. Antes disso, Eduardo defendeu as cores de times dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, São Paulo e do Paraná.
Nascido em Rio Branco-AC, no dia 2 de abril de 1989, Eduardo Lopes começou a sua história de amor com a bola nos campinhos periféricos da capital acreana. Em time oficial mesmo ele só foi jogar no ano de 2007, na equipe de juniores do São Francisco, pouco depois de completar 18 anos, quando foi descoberto pelo olho clínico do técnico Aníbal Honorato.
“No São Francisco já jogava uma galera da Baixada da Sobral, bairro onde eu morava. Então, a minha chegada no chamado Clube Católico foi bem tranquila. Mas eu só subi para o time profissional dois anos depois, em 2009, sempre com o Aníbal como treinador. Entretanto, eu não virei dono da posição logo de cara não. Eu fui entrando aos poucos”, explicou Eduardo.
Daí pra frente, o mundo se abriu e Eduardo iniciou uma ciranda de clubes que o fez vestir as seguintes camisas: Independência, Andirá, Atlético e Plácido de Castro, no Acre; Remo e Paragominas, no Pará; Nacional, no Amazonas; Moto Clube, no Maranhão; Red Bull Brasil e Ituano, em São Paulo; Operário, no Paraná; e Floresta (ainda não estreou), no Ceará.
Melhores parceiros e outros personagens
Eduardo listou oito jogadores como os seus melhores parceiros no futebol acreano: Ailton, Jefferson, Diego, Babau, Wilson, Polaco, Leandro e Gessé. De acordo com ele, com esses caras o jogo era por música e a bola saía sempre bem redondinha de um para outro. Quanto a um marcador chato, o atacante garantiu que jamais encontrou algum zagueiro assim tão difícil.
No tocante ao melhor técnico com quem conviveu, Eduardo apontou Álvaro Miguéis. “Eu já passei por muitos lugares, mas entendo que o Álvaro foi o treinador que tinha a melhor metodologia”, afirmou o craque. Na condição de melhor dirigente, o atacante citou Edson Izidório. E quanto aos melhores árbitros, ele escolheu Josimar Almeida e Antônio Neuricláudio.
Seguro de si, ele não teve nenhum pudor em incluir o próprio nome numa seleção do futebol acreano. Na opinião dele, esse time formaria com Babau; Ley, Diego, Ceildo e Jefferson; Leandro, Wilson, Testinha e Polaco; Eduardo e Ailton. E tratou de acrescentar aos onze, os nomes de Renato, Josy, Januário, Gessé, Edivandro, Alfredo, Careca e Marquinhos Costa.
Todos esses jogadores citados, de acordo com Eduardo, além do talento natural precisaram batalhar muito para se tornarem atletas de destaque. No dizer do atacante, “nos dias de hoje somente o talento não é suficiente para formar um vencedor no futebol. O candidato a craque tem que saber o que quer e ter bastante dedicação, bem como comprometimento.”
Dois jogos inesquecíveis e os próximos passos
Eduardo afirmou que já viveu muitas emoções no futebol, fazendo gols e ajudando nas vitórias dos times que defendeu. Mas não fez objeções de apontar as duas maiores alegrias. Uma, foi na final do campeonato acreano de 2017, quando o Atlético vendeu o Rio Branco por 3 a 1. E a outra, foi no jogo do acesso à Série C, também em 2017, pelo mesmo Atlético.
“Em 2017, eu estava de volta ao Atlético, depois de passar uma temporada fora do Acre, jogando no Nacional [AM], e no Moto Clube [MA]. Voltei na final, contra o Rio Branco. Nós ganhamos por 3 a 1 e eu tive o prazer de fazer o segundo gol. Depois disso, foi incrível conseguir subir da Série D para a C ao empatar em 1 a 1 com o gaúcho São José”, destacou.
Por outro lado, já que na vida nem tudo são alegrias, Eduardo também contou o dia em que viveu a sua maior tristeza no campo de jogo. “A minha maior decepção foi perder a classificação para a Série C, em 2016, com o Atlético. Nós tínhamos empatado em 2 a 2 com o Moto fora de casa. Aí perdemos em casa por 2 a 1 e eu ainda errei um pênalti”, afirmou o atacante.
Aos 32 anos recém completados, Eduardo Lopes garantiu que está bem longe o dia de pendurar as chuteiras. “Antes de parar de jogar, eu ainda quero ganhar títulos, conquistar muitos acessos, dar o melhor de mim por onde eu passar e deixar o meu nome registrado na história dos clubes que confiarem no meu futebol”, disse ele como palavras finais da entrevista.