Dando continuidade à minha agenda de entrevistas para a edição nº 6 de Futebol Acreano em Revista, publicação da Federação de Futebol do Acre, que circula todo final de ano, isso desde 2011, eu conversei no início desta semana com o ex-craque juventino Elísio Manoel Pinheiro Mansour.
O Elísio é membro de uma família de desportistas. Todos os sete homens integrantes da família Mansour em algum momento das suas existências concentraram as suas atenções na deusa bola. A começar pelo patriarca, Elias Mansour, que presidiu o Rio Branco na década de 1960.
O envolvimento do patriarca com a bola influenciou os filhos Eugênio (presidente da Federação, do Independência e jogador), Elias Mansour Filho (dirigente do Juventus), Dadinho (jogador do Rio Branco), Tonso (juvenil do Independência), Elísio e Nego (jogadores do Juventus).
O Elias Filho foi simplesmente, durante quase duas décadas, de 1966 a 1985, o maior dirigente que o chamado Clube da Águia já teve. Educador por excelência, falecido prematuramente, ele dedicou toda a sua vida à causa juventina, dotando o clube de estrutura e formando elencos lendários.
Elencos esses dos quais o Elísio fez parte desde 1º de março de 1966, data da fundação do Juventus, até 1973, quando da realização da famosa quarta partida, aquela da confusão que fez acontecer a decisão do campeonato de 1972 somente um ano depois. Uma história de “tapetão”!
O Elísio, aliás, embora não figure entre os maiores artilheiros da história do Juventus, passou aos anais por ter feito, entre outras façanhas, o primeiro gol da história do clube. Foi num amistoso contra um time chamado Botafogo, no dia 13 março de 1966. Oito a zero para o Juventus!
Mas o Elísio não ficou na história do Juventus apenas como jogador, detentor dos títulos de 1966 e 1969. Tempos depois, mais precisamente nos anos de 1995 e 1996, já na era do futebol profissional, ele retornaria ao clube na condição de dirigente máximo. E se sagraria bicampeão estadual!
E, além disso, como se já não bastasse a sua participação na história do clube, não se deve esquecer, quando se fala desse juventino de corpo e alma, que ele, ao mesmo tempo em que entrava no gramado como jogador, ainda encontrou espaço para fundar um conjunto musical: Os Bárbaros!
O Elísio foi o terceiro personagem que eu entrevistei nessa minha estada em terras acreanas, no intuito de ajudar o jornalista Manoel Façanha na produção do novo gibi da Federação Acreana de Futebol. A conversa com ele foi pra lá de prazerosa. O homem tem histórias a perder de vista!