Galvez e Atlético Acreano estreiam nesta semana na Copa do Brasil. O Imperador, time mais jovem do futebol acreano profissional, joga em casa, na Arena que um dia foi “da Floresta”, contra o goiano Vila Nova. Já o Atlético vai de visitante, contra o Afogados, no sertão de Pernambuco.
São dois jogos duríssimos. O adversário do Galvez, embora não esteja bem na disputa do seu campeonato estadual (o time venceu apenas um dos cinco jogos disputados, encontrando-se em quarto lugar, numa chave de seis participantes), tem a favor de si toda uma tradição na região Centro-Oeste.
Enquanto isso, o adversário do Atlético, apesar da curtíssima história de vida (sua fundação data do ano de 2013), atualmente é uma espécie de terror dos times de Pernambuco. Tanto que no campeonato estadual deste ano está à frente do Sport Recife. Jogou cinco vezes e ainda não perdeu.
Como o regulamento da Copa do Brasil estabelece que os times visitantes jogam pelo empate para passar de fase, isso significa que as estratégias dos dois times acreanos devem ser diametralmente opostas: o Galvez precisa partir para o ataque e o Atlético tem que ser mais cauteloso.
Nesse caso, o técnico Zé Marco, do Galvez, em um certo momento do jogo, eu imagino que vai mandar o seu time marcar alto, lá na garganta da equipe adversária. Jogar em cima dos caras, com pelo menos meia dúzia de atacantes, é a ordem. Já que empate é derrota, só vale a pena ir pra cima.
Eu, se fosse o Zé Marco, convocava um batalhão do Bope (o Galvez é da Polícia Militar, convém a gente não esquecer, viu?) para ficar segurando as pontas na defesa e mandava o resto do time para o ataque. A artilharia tem que ser pesada para o lado dos comedores de pamonha com caroço de pequi.
No que diz respeito à tática a ser adotada pelo Josy Braz, do Atlético, o negócio é fazer um ferrolho, cadeado ou cofre com abertura programada. A ideia é trancar o cofre antes do jogo e programa-lo para abrir somente horas depois, de preferência quando a delegação já estiver voltando pra casa.
Não custa nada escalar no gol o Dida e o Edivandro (assim mesmo: os dois juntos). Cada um cuidando de um canto da meta. E, se possível, com o Dorielson de vez em quando invadindo o campo para ajudar. Com esses três no gol do Galo, não passa nem mosquito ensebado. Disso eu tenho certeza.
A Copa do Brasil é um verdadeiro barato. Une o Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Faz confrontar times que não poderiam fazê-lo se não fosse a referida competição. Elimina fronteiras e dá chances iguais pra todo mundo. Sem falar, mas já falando, na grana que distribui aos participantes!