Por esses dias eu li na internet matéria curiosa, alusiva a jogadores conhecidos pelo nome de animais, sendo uns do próprio sobrenome e outros por conta de apelidos. Juntando todos num só balaio, a gente tem o desfilar de uma verdadeira e vasta fauna, digna das melhores antologias do gênero.
Na série A, entre outros, tem o “Ganso” (Paulo Henrique, do Fluminense), o “Gatito” (Roberto Fernandez, do Botafogo), o Rafael “Ratão” (Rafael Rogério, do Bahia), o “Mosquito” (Gustavo Silva, do Corinthians) e o Wellington “Rato” (Welington Soares, do São Paulo).
E nas demais séries, também entre outros, se pode encontrar o “Jacaré” (Francisco Vítor, do América-MG), o “Urso” (Emerson Lima, do Brusque), o Wesley “Pomba” (Wesley da Conceição, do Coritiba), o “Pardal” (Pablo de Silva, do Manauara) e o Alex “Galo” (Alex da Cruz, do Jacuipense).
Aí, como uma coisa puxa a outra e assim por diante, numa sequência quase infinita, eu fiquei dialogando com os meus botões por alguns minutos e nós fomos (eu e os tais botões) nos lembrando de antigos jogadores do futebol acreano que se notabilizaram por também terem animais no apelido.
E então, sempre a partir do meu diálogo com os botões, chegamos ao seguinte time de nomes de animais, posição por posição, escalado no antigo sistema quatro-dois-quatro: Ratinho; Pintão, Gato, Curica e Zé Pinto; Pixilinga e Pintinho; Zé da Porca, Danilo Galo, Catita e Maurício Bacurau.
Ratinho, aliás, foram dois goleiros chamados dessa maneira: um do Andirá (cujo nome era Raimundo) e outro (o Edvaldo Souza) do juvenil do Vasco. Ambos que defendiam os chutes dos inimigos na década de 1970, época em que, por não existirem luvas, eles lambuzavam as mãos com breu.
Pintão, Curica, Pintinho e Maurício Bacurau gastaram a bola no Atlético. Gato surgiu no Náuas. Pixilinga e Zé da Porca defenderam o Andirá. Zé Pinto e Catita castigaram a deusa no São Francisco. E Danilo Galo foi artilheiro tanto do Atlético quanto do Vasco e do Rio Branco.
Mas além desses onze citados, eu lembro de vários outros jogadores do futebol acreano que atendiam pelo apelido (ou sobrenome) de animais. Casos de Zé “Galinha” (Vasco), Jorge “Jacaré” (Rio Branco e Juventus), Edson “Urubu” (Andirá), “Barata” (São Francisco) e “Pipira” (Rio Branco).
=O treinador desse time bem que poderia ser o Olavo Pontes, misto de radialista e estudioso das táticas do futebol, que costumava mandar seus jogadores “aquecer o calção” e que atendia pelo singelo apelido de “Papagaio da Noite”. É isso aí. Uma fauna. Bom elenco e bom treinador!