Feriadão

Passei o feriadão em Brasília. Foi a minha segunda vez na Capital Federal neste semestre. Em abril também estive por lá. Dá até para desconfiar. Apesar de ter morado na cidade na segunda metade dos anos 1990, passei anos sem descer por lá. E agora, duas vezes em dois meses.

Mas não, leitor. Eu não tenho nada a ver com os bastidores do poder. Nem de Brasília, nem de lugar algum. Para ser sincero, nunca me dei bem mesmo com poderosos de qualquer espécie. Eu sempre achei que o poder faz um mal danado. Muda, invariavelmente, as criaturas para muito pior!

Na vez ligeiramente anterior que eu fui a Brasília, o fiz para participar de um congresso de jornalismo esportivo que acabou não acontecendo. E não aconteceu justamente pelas trapalhadas e confusões na Praça dos Três Poderes. Não havia mesmo condição alguma para a reunião.

Agora, nesse fim de semana recente, finalmente o congresso anteriormente adiado aconteceu. Foram três dias de discussões sobre o presente e o futuro da classe dos cronistas esportivos. De quebra, como é de praxe nesses momentos, muitos passeios e confraternização com os amigos.

Do ponto de vista do trabalho, resumidamente falando, o que restou foi a deliberação de se enviar à CBF um documento questionando as novas regras emanadas da entidade para o trabalho dos repórteres de rádio que cobrem as partidas de futebol. Regras essas que proíbem praticamente tudo.

Já no que diz respeito aos passeios, o anoitecer no lago Paranoá se configurou indescritível. Num começo de noite, das 18 às 21 horas, nós deslizamos sob as pontes e margeamos ambos os lados do referido local. Sucos e acepipes molharam a conversa e abriram o apetite dos cronistas.

Como não poderia deixar de ser, praticamente só se falou em futebol. De quando em vez alguém comentava sobre as questões da política, que não se pode passar assim de maneira tão incólume e indiferente por Brasília. Mas o futebol nosso de cada dia foi mesmo o principal dos temas.

Levando-se em conta que estavam presentes cronistas de todo o Brasil, a gente acabou por saber alguns detalhes sobre a realidade dos times de cada Estado. Aqui e ali, a notícia de uma ou outra equipe de excelência. Mas, via de regra, o que deu pra perceber foi a indigência financeira geral.

Da minha parte, levando em conta que atualmente vivo um período de autoexílio no Nordeste do país, além de tudo que o congresso proporcionou, eu ainda tive o prazer de rever e conviver com os jornalistas Façanha e Casas. Grandes parceiros, ótimas histórias, boas risadas! Rsrs…