Recentemente, conforme eu já fiz menção aqui nesse mesmo espaço, eu andei batendo pernas pela aprazível cidade de Santos, aquela mesma que abriga a Vila Belmiro, dita e havida como a mais famosa do mundo, onde o rei Pelé deitou, rolou e fez chover nos seus anos de bola e magia no Brasil.
E eu disse na oportunidade anterior em que escrevi sobre a minha passagem por Santos que um dos pontos turísticos que eu visitei na referida localidade foi o Museu Pelé, que é uma casa dedicada a reviver os feitos do eterno rei do futebol, cheia de relíquias que lembram os feitos do “negão”.
Mas eu não dei muitos detalhes do que eu vi lá dentro. O que faço agora, ressaltando as muitas fotografias, tanto dele (Pelé) no Santos quanto na seleção brasileira. Tem foto de tudo quanto é jeito, inclusive de derrotas sofridas, como, por exemplo, da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.
O que mais chamou a minha atenção, porém, foram duas coisas: as múltiplas intervenções artísticas (pinturas, esculturas, sonoridades etc.) que se fez em torno do tema Pelé; e as frases que uma legião de pensadores, escritores, comentaristas e personalidades do mundo disseram sobre ele.
Entre as intervenções artísticas teve uma que me deixou parado a contemplá-la por vários minutos. A intervenção de um artista chamado Luís Bueno, onde Pelé aparece de costas beijando ninguém menos do que a Monalisa. E ela com aquela boca e aquele olhar de profundo enigma!
Quanto às frases, recolhi algumas, as que eu julguei mais emblemáticas, principalmente por conta de quem as proferiu. Frases de Muhammad Ali (também conhecido como Cassius Clay), Armando Nogueira, Tarcísio Burgnich, Andy Wharol, Leônidas da Silva e Dondinho.
Dondinho, pai do Pelé, com um justificado orgulho, disse o seguinte: “O maior gol da minha vida eu marquei em tabelinha com Celeste: ele se chama Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.” E o cronista Armando Nogueira disse: “Se Pelé não tivesse nascido homem teria nascido bola.”
Do pugilista negro Muhammad Ali, que abalou os Estados Unidos ao se recusar a lutar na Guerra do Vietnã, Pelé ganhou a seguinte frase: “Somos os maiores do mundo.” E do zagueiro italiano Burgnich, a sentença foi a seguinte: “Eu pensei: ele é feito de carne e osso como eu. Eu me enganei.”
Encerro com as falas de Leônidas da Silva, o cara que inventou a bicicleta (o lance), e do artista plástico Andy Wharol. Leônidas: “Qual a diferença entre mim e Pelé? Eu fui craque e ele, gênio.” Wharol: “Pelé é um dos poucos craques que contrariam a minha tese. Em vez de 15 minutos de fama terá 15 séculos.”