Na temporada 2022, o Estrelão caiu nas oitavas-de-final para o Asa-AL. Foto/Manoel Façanha

Futebol acreano tem apenas 42,27% de aproveitamento na história da Série D

MANOEL FAÇANHA

A quarta divisão do futebol brasileiro foi criada na temporada 2009, após a CBF promover o decréscimo de participantes da Série C de 64 para 20 clubes.

O torneio, inicialmente, estava previsto para 40 clubes, mas nenhuma agremiação do estado do Acre se habilitou na época para a disputa – o Juventus havia conquistado o título estadual daquele ano, mas não manifestou interesses concretos pelo torneio.

No ano seguinte, enfim, o Acre fez sua estreia na competição. Coube ao Náuas, da cidade de Cruzeiro do Sul, representar o estado no torneio nacional. Sem experiência em competições nacionais, o Cacique do Juruá fez uma campanha pífia, perdendo cinco dos seis jogos (um deles por W.O). O clube somou apenas um ponto do empate em casa contra o Vila Aurora-MT. O estádio Totão, localizado no município de Mâncio Lima, foi a primeira praça esportiva acreana a receber um jogo da competição. Nesta primeira partida do torneio, o técnico Marcelo Altino esteve no comando técnico do time do Vale do Juruá

Veja o aproveitamentos dos clubes acreanos

Na história do torneio, conforme pesquisa do site namarcadacal.com.br/Acre News constam 278 jogos de sete clubes acreanos na competição nacional: Rio Branco (89 jogos e 49,4% de aproveitamento), Atlético (72 jogos e 42,6% de aproveitamento), Galvez (40 jogos e 48,1% de aproveitamento), SC Humaitá (31 jogos e 25,8% de aproveitamento), Plácido de Castro (26 jogos e 42,3% de aproveitamento), São Francisco (14 jogos e 21,4% de aproveitamento) e Náuas (06 jogos e 16,6% de aproveitamento). Na soma dos números constam 104 vitórias acreanas, 70 empates e 115 derrotas, totalizando um aproveitamento de 44,05%. Os dados apontam ainda que os clubes da terra de Chico Mendes balançaram as redes dos seus adversários por 377 vezes (1,30 gols por jogo), mas, por outro lado, tiveram suas metas vazadas por 430 gols (média de 1,48 por jogo) – saldo negativo de 53 gols.

Veja mais números e o show do Galo

Na soma histórica dos números da participação acreana na disputa da Série D, digno de registro e compartilhamento, é que o Rio Branco não é somente o clube local com maior números de participações (9) e jogos no torneio, mas, também, é o time da Terra de Chico Mendes que mais venceu pela quarta divisão nacional, com 35 vitórias em 89 partidas disputadas. Outro dado interessante da nossa participação está relacionado à boa presença do Atlético Acreano nas temporadas 2016 (5º lugar) e 2017 (3º lugar). Nesses dois anos seguidos, o clube celeste fechou o torneio com o requisito de melhor ataque. Na temporada 2016, o Galo Carijó perdeu o acesso diante de oito mil torcedores presentes ao estádio Florestão, numa derrota para o Moto Club-MA por 2 a 1. Porém, se algo pode servir como consolo para apagar da memória aquele dia fatídico para o torcedor celeste, está o fato de o clube atleticano fechar a competição com o melhor ataque, com 35 gols marcados em 14 partidas, 6 a mais que o campeão Volta Redonda-RJ. No ano seguinte, o Galo Carijó seguiu embalado e, não somente conquistou o sonhado acesso com 7 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, como também voltou a fechar o torneio liderando o requisito de melhor ataque: 27 gols assinalados. Juazeirense-BA (24) e Operário-PR (23), campeão daquele ano, registraram o segundo e terceiro melhores ataques do torneio, respectivamente.

 

 

O saudoso volante Mamud vestiu a camisa do Náuas na disputa da Série D 2010. Foto/Manoel Façanha
Na temporada 2013, o Plácido de Castro venceu fácil o Náutico-RR, mas foi eliminado nas quartas-de-final . Foto/Manoel Façanha.
O maestro Josy Braz comemora um dos gols da vitória do Atlético-AC sobre o Princesa do Solimões-AM, na Serie D 2014. Foto/Manoel Façanha
Em 2014, O Rio Branco perdeu a vaga nas quartas-de-final para o Anapolina-GO. Foto/Manoel Façanha
A zaga do Moto Club-MA usou da força para parar o meia-atacante celeste Careca. Foto/Manoel Façanha.
Oito mil torcedores empurraram o Galo Carijó para cima do Moto Club-MA, mas o acesso ficou pelo caminho. Foto/Sergio Vale
Jogadores do Moto Club-MA comemoram o acesso do clube maranhense no gramado do estádio Florestão. Foto/Sergio Vale
No jogo do acesso, no estádio Florestão, o atacante celeste Rafael Barros abre o placar no empate diante do São Jose-RS por 1 a 1. Foto/Manoel Façanha.
Na temporada 2018, as equipes do Rio Branco e Manaus-AM fizeram jogos equilibrados. Foto/Antônio Assis
Na primeira fase da Serie D de 2019, o Manaus venceu, em casa, o Galvez por 5 a 2. Foto/Antônio Assis.
Na temporada 2020, no estádio da Colina, o Fast Club-AM passou pelo Rio Branco por 2 a 0. Foto/Antônio Assis
No lance, o goleiro Miller chegou a desvia a trajetória da bola, mas o zagueiro Naldo jogou a bola contra a própria rede na derrota para o Penarol-AM por 2 a 1. Foto/Manoel Façanha
No jogo da volta das oitavas-de-final da Serie D/2022, o lateral esquerdo Negueba faz forte marcação no ataque do ASA-AL. Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas.
No estádio Florestão,  o Nacional superou o SC Humaitá, pela Serie D de 2023 Foto/Manoel Façanha
Com o triunfo sobre o Trem-AP, o São Francisco deixou  durante a sexta rodada a lanterna do grupo 1 da Serie D/2023. Foto/Manoel Façanha
Os jogadores Tony e Thalis disputam lance no Florestão na vitória do Rio Branco sobre o Humaitá. Foto/Manoel Façanha