Eu tenho muitos anos de janela no futebol acreano, seja como espectador, seja como jornalista, seja como torcedor. Do final da década de 1960 até hoje (com algumas interrupções, por conta da minha mania de não parar muito tempo num mesmo lugar) acompanhei o trabalho de muita gente.
E assim, posso nominar grandes dirigentes desse esporte no espaço geográfico do Acre. Gente que despendia as suas energias, o seu tempo (às vezes negligenciando suas funções em órgãos públicos ou atividades profissionais) e tirava até dinheiro do bolso pelos seus times do coração.
Pelo lado do Atlético, lembro enquanto escrevo das figuras de Adauto Frota, Rivaldo Patriota e do casal Fernando e Flora Diógenes. O primeiro foi pioneiro na importação de jogadores para o Galo. O segundo continuou o trabalho de Adauto. E o casal citado fez de tudo um tanto pelo clube.
Falando do Juventus, cuja política maior era congregar um grupo de pessoas de extrema dedicação à causa (casos de Rivaldo Guimarães, Joaquim Cruz, Dona Iolanda, Humberto Antão, Aníbal Tinoco etc.), penso que o nome mais expressivo foi o do professor Elias Mansour Simão Filho.
No que diz respeito ao Independência, a glória tricolor não seria possível sem o trabalho e a força de vontade de Darci Pastor, Adalberto Aragão, Orlando Sabino, Macapá, Eugênio Mansour (esse exercendo uma inconveniente dissidência familiar), Osmar Valente, Valdir Silva…
Enquanto isso, o Rio Branco jamais teria conquistado tantos títulos se não fosse a dedicação de pessoas do porte de Lourival Marques, Edmir Gadelha, José Macedo, Wilson Barbosa, Illimani Suares, Sebastião Alencar, Natal Xavier, Campos Pereira, Adonai Santos, Ferraz, Barrinho…
Falei nos clubes considerados grandes, mas há muitos que merecem citação nos times denominados pequenos. Casos de Vicente Barata (São Francisco), professor Antônio Gadelha e tenente Deca (Internacional), Almada Brito (Vasco), Zé Américo (Andirá), Martim Bruzugu (Floresta)…
Mas embora todas essas criaturas tenham sido de suma importância para o esporte do Acre, nenhuma delas, por variadas razões, fez mais pelo futebol acreano do que o atual presidente da federação e vice-presidente da confederação, advogado Antônio Aquino Lopes, o popular Toniquim.
Nesse sentido, eu devo lembrar que foi do Toniquim a iniciativa de construir um estádio decente. E foi ele também que deu o salto do regime amador para o profissional, sem o qual o futebol acreano não mais existiria. Que na próxima eleição ninguém se deixe iludir pelos alienígenas!