Futebol olímpico

Daqui a duas quintas-feiras (dia 4 de agosto, portanto), a seleção brasileira de futebol estreia nos Jogos Olímpicos de 2016. O adversário vai ser a África do Sul e o jogo está marcado para o estádio Mané Garrincha, em Brasília. Trata-se de uma estreia cheia de expectativas e esperanças.

As tantas expectativas e respectivas esperanças levam em conta, principalmente, o fato de que o Brasil jamais botou no bolso a medalha de ouro. A despeito de ter formado grandes esquadrões ao longo do tempo, o máximo que o time conseguiu foi a medalha de prata, em três momentos.

Nos Jogos Olímpicos de 1984, disputados em Los Angeles, o Brasil ganhou a sua primeira medalha de prata. Com um time formado por jogadores como o goleiro Gilmar Rinaldi, Mauro Galvão e Dunga, dirigido pelo técnico Jair Picerni, a seleção brasileira perdeu a final para a França.

Depois, em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, mais uma vez o Brasil bateu na trave, perdendo a final para a União Soviética. Grandes nomes do futebol nativo faziam parte do time. Casos de Bebeto, Romário, Taffarel, Ricardo Gomes, André Cruz, Edmar, Mazinho, Careca e Neto.

A última medalha de prata conquistada pela seleção brasileira de futebol veio nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Com Neymar, Hulk e Mano Menezes o Brasil arrasou os adversários até a semifinal. Na hora do “vamos ver”, porém, “amarelou” e perdeu para o México por 2 a 1.

Os jogos de 1996 e 2008, realizados respectivamente em Atlanta e Pequim, legaram à seleção brasileira de futebol as medalhas de bronze. Na primeira oportunidade, o Brasil perdeu a semifinal para a Nigéria. No segundo momento quem tirou o Brasil do páreo foram os argentinos (ai!).

Como o tempo não para, eis que surge nova oportunidade para o Brasil conquistar o ouro olímpico no futebol. Os adversários da primeira fase não impressionam. Além da África do Sul, estão na mesma chave a Dinamarca e o Iraque. Parece moleza. Se não passar bem por estes, pode desistir logo.

Na sequência, entretanto, caso o Brasil realmente continue na disputa, as coisas tendem a engrossar. Mas isso é muito natural. O caminho para qualquer título vai mesmo ficando mais complicado na proporção em que a competição vai avançando. Rapadura é doce, mas não é mole não.

Tomara que seja essa a hora de o Brasil ganhar a sua medalha de ouro olímpica no futebol. Digo “tomara” porque sou um torcedor inveterado. Mas confesso que ando meio ressabiado no que consiste à confiança nos nossos “craques”. Por ora estou preferindo um bom caldinho de galinha!