Goleiros do Acre: outros nomes (e histórias)

Numa crônica anterior fiz uma ponte entre o sucesso do Weverton, campeão olímpico e duas vezes convocado para a seleção brasileira principal, e alguns goleiros que o antecederam na história do futebol acreano. Mas na lista que eu apresentei faltaram muitos nomes. Muitos!

Faltaram muitos nomes inclusive porque eu parei as minhas reminiscências na década de 1970. Assim, eu resolvi voltar ao tema. Lembrar e listar todos numa crônica é uma tarefa impossível. O espaço é exíguo. E, além disso, seria necessária alguma pesquisa, o que não é o caso.

Então, de memória, lembro mais alguns nomes que marcaram época defendendo as traves dos times do futebol acreano, desde a década de 1960 até os anos de 1990, independente da sua categoria: Jones, Monteiro, Vicente Cretário, Raimundinho Chuchu, Ronaldo Terereo, Pional, Paturi…

E sigo: Benevides, João Petrolitano, Tidalzinho, Klowsbey, Valtemir, Nego, Marcos do Bibi, Dêmis, Pituba, Tranca Rua, Argileu, Picasso, Duplanir, Normando, Joneudes, Kléber Café, Sapateiro, Carlinhos (depois virou árbitro), Juca, Zé Bellavista, Railton… Uma senhora lista!

Cada um desses tem uma história absolutamente peculiar. Algumas trágicas, como a do Vicente Cretário, goleiro do Rio Branco, que morreu em consequência de uma bolada, outras engraçadas, como a do João Petrolitano, que passava breu na mão para amortecer o choque da bola…

Fosse escrever os detalhes de cada um, daria para produzir vários volumes. Na impossibilidade disso, vou me ater a duas historinhas. A de dois goleiros que só jogaram em times pequenos, sofreram inúmeras goleadas, mas honraram como poucos a sua vocação: Tranca Rua e Pituba.

A história do Tranca Rua, que defendia o Floresta, deu-se num jogo contra o Juventus. Antes da partida, ele me disse que preparara um “ferrolho” para dar um nó no ataque juventino. O Juventus goleou. Resposta dele, ao final do combate: “Os caras arrebentaram o cadeado”.

No tocante ao Pituba, ele costumava comemorar os gols do Andirá dando saltos mortais: um para frente e outro para trás. E, às vezes, nas bolas fáceis, vindas a meia altura, ele gostava de defender de cabeça. Um dia, justamente quando ele cabeceou, a bola furou. A torcida foi ao delírio.

É isso por hoje, meus prezados. Peço desculpas aos goleiros cujos nomes eu não lembrei, tanto nessa crônica de hoje quanto na anterior. Mas o que eu quis mesmo dizer com essas reminiscências foi da boa estirpe que frequentou ao longo do tempo as traves acreanas. Acho que eu disse sim!