Por esse começo de ano me atacou a mania de escrever coisas voltando ao tema do texto anterior. Parece até capítulo de novela. Ou então episódio de seriado. Provavelmente seja mesmo influência dos tantos seriados que eu assisto na internet. Só não digo onde para não virar “jabá”.
Noves fora tudo isso e descontando-se a soma dos catetos e das mais diversas hipotenusas, o fato é que eu escrevi por esses dias sobre a leitura do livro “Os onze maiores técnicos do futebol brasileiro”, de autoria do jornalista Maurício Noriega, que resolvi dar de presente para mim mesmo.
No tal livro, repito para o esclarecimento de quem não leu a crônica passada, Noriega faz uma radiografia de onze grandes treinadores, desde uma época remota (Oswaldo Brandão, Bela Gutman e Vicente Feola, por exemplo) até dias mais recentes (Felipão, Muricy, Luxemburgo etc. e tal).
E aí, com base na leitura, eu fiquei pensando em elaborar a minha lista pessoal sobre os maiores técnicos do futebol acreano que tive a ventura de conviver ou, pelo menos, ver em ação. Tarefa dura, como ademais são todas as listas que, forçosamente, acabam sendo excludentes.
Logo de cara, seis nomes se sobressaíram no espaço entre as minhas orelhas: Walter Félix de Souza, conhecido pela alcunha de Té; José Aníbal Tinoco; Alício Santos, chamado de “homem do cachimbo”; Antônio Leó; Ariosto Miguéis; e Marcelo Altino, carioca desses de sangue pra lá de bom.
Walter Félix, pelo que eu me lembro, já no início da década de 1970, usava esquemas táticos que só seriam popularizados anos depois. Caso do chamado 3-5-2, que ele lançava mão quando o adversário alinhava vários atacantes habilidosos. Fotos antigas provam os três zagueiros em campo!
Tinoco, por sua vez, costumava confundir os inimigos do Juventus escalando jogadores fora de posição, o que quase sempre surtia efeito. Enquanto isso, Alício Santos gostava de fazer seus jogadores repetirem movimentos à exaustão. Fato que tornava as jogadas quase inconscientes.
Antônio Leó, no Rio Branco, e Ariosto Miguéis, no Atlético, foram tanto estrategistas quanto estudiosos. Este último, inclusive, chegou a implantar no Galo, no início da década de 1980, um ritmo de jogo semelhante ao empregado pelos holandeses na Copa de 1974: o Carrossel!
E o Marcelo Altino, de tanto conseguir resultados tidos e havidos como impossíveis, ganhou da imprensa o apelido de “El Mago”. Um exemplo disso? Pois eu lhes digo já. O título da Copa Norte, pelo Rio Branco, com vitória sobre o Clube do Remo em pleno Mangueirão. Afe!