Atlético – 1991. Em pé, da esquerda para a direita: Assis, Sidio, Dodi, Marquinhos, Jerson, Milton, Ricardo, Redson, Antônio José, José Humberto (presidente) e Zé Augusto (técnico). Agachados: César, Nego, Lei, Helinho, Paulinho, Daniel, Dim e Joãozinho.

Jejum celeste perto do fim. Será?

MANOEL FAÇANHA

Rio Branco-AC – Perto de voltar a erguer um troféu de campeão estadual, após um jejum de quase 25 anos, o Atlético Acreano vai a campo hoje, às 15h45, no estádio Florestão, para encarar o bicampeão Rio Branco.

Uma derrota até mesmo por um gol de diferença ainda garante ao time celeste o troféu de campeão. O Rio Branco vai a campo necessitando vencer o compromisso de hoje, ao menos, por dois gols de diferença para levar a decisão do título para um inédito sorteio.

História da bola

Numa viagem aos arquivos é fácil descobrir que a última conquista do Galo Carijó ocorreu dia 10 de outubro de 1991. Na oportunidade, o time celeste empatou com o Rio Branco (2 a 2), resultado suficiente para o time do 2º Distrito de Rio Branco erguer o seu sexto troféu de campeão estadual (primeiro e único da era profissional).

Naquele ano (1991), o torneio foi disputado por seis agremiações: Atlético-AC, Andirá, Atlético-AC, Independência, Juventus-AC, Rio Branco e Vasco-AC. Ao todo, a competição registrou 33 jogos e marcados 74 gols.

Personagem marcante da última conquista celeste, o atacante Paulo Ayrton Rosas Rodrigues, ou simplesmente Paulinho, 57 anos, artilheiro daquela temporada com 10 gols, lembrou com saudosismo do triunfo daquele ano. “Foi um título que marcou muito na minha carreira, não somente pelo fato de ter contribuído diretamente pela o clube ficar com o troféu de campeão, mas também pelas circunstâncias que ocorreram, pois, devido um problema com a diretoria do Rio Branco, acabei indo para o Galo, um clube que me acolheu muito bem”, revelou Paulinho.

Entre um conversa e outra para lembrar-se da conquista, o jogador contou que, durante a festa de comemoração, acabou entregando sua camisa do clube ao cronista esportivo Demóstenes Nascimento. “Eu nunca tinha visto o Demóstenes tão feliz e acabei dando minha camisa do jogo a ele”, confidenciou o ex-artilheiro, ariscando um placar favorável ao Galo no confronto decisivo de hoje contra o Rio Branco por 3 a 1.