Não deu para o Palmeiras. Na semifinal do Mundial de Clubes, o time brasileiro entregou o ouro para os mexicanos do Tigres. Um a zero. Aparentemente, levando-se em conta o placar, foi um jogo duro, resolvido nos detalhes. Mas na prática não foi bem assim. O Tigres merecia era mais.
Dentro de campo, o Tigres foi sempre melhor, conduzindo o jogo à sua maneira. Tanto que no primeiro tempo o Palmeiras só deu um chute certo ao gol dos caras. Uma pancada do Rony da entrada da área. Mas o goleiro argentino lá deles, meio goleiro, meio líbero, se esticou todo e fez a defesa.
E no segundo tempo, o Palmeiras atacou mais na base do abafa, sem um mínimo de organização. O ataque do Verdão perdeu quase todas para a defesa do Tigres. Ainda levou algum perigo quando entrou em campo o William Bigode. Mas nada que pudesse causar algum dano para os sujeitos.
É a primeira vez que um time mexicano chega à final do Mundial. E aí, provavelmente, muita gente deve estar se perguntando a essa hora os motivos de mais esse fracasso brasileiro, bem como do sucesso dos amigos de Emiliano Zapata. Eles aprenderam a jogar ou nós que desaprendemos?
Existem muitas teorias (talvez fosse melhor dizer “especulações”) para explicar um fato assim tão, digamos, desagradável. Teorias (ou especulações, como queiram) que começam pela culinária. A deles e a nossa. A que os mexicanos levaram na bagagem e que os brasileiros deixaram aqui.
De acordo com as minhas fontes, os mexicanos, cuja vaga para o Mundial foi conquistada bem antes do dia em que o Palmeiras soube que iria ao Catar, tiveram tempo para encher as malas de abacates, pimentas, frangos e batatas. E assim, não precisaram mudar os seus costumes alimentares.
Os brasileiros, por sua vez, que só souberam que viajariam para o deserto uma semana antes, não tiveram tempo para providenciar o feijão, o arroz e o ovo necessários para acompanhar a delegação. E aí tiveram que se contentar com muito charuto de folha de uva, quibe cru e coalhada. Só isso!
Outra teoria (essa quem me relatou foi o Rodrigo Torres) é a de que o Palmeiras começou a perder a parada no “jogo dos bichos”. De acordo com esse meu “parça”, um “porco não pode medir forças com um tigre. E se for um porco contra vários tigres, pior ainda”. Verdade. Faz o maior sentido!
Sei lá se foi, se não foi ou o que poderia ter sido. O que eu sei é que se não fosse o goleiro Weverton, a surra teria sido bem mais feia. E sei também que faz um tempo enorme que um time brasileiro não traz a taça do Mundial pra casa. Se não me engano, a última vez foi com o Corinthians, em 2012.