Deram alguns resultados um tanto inesperados nas decisões dos estaduais pelo Sul-Sudeste. Mas confesso que o que mais me surpreendeu foi o título do Corinthians sobre o Palmeiras nos pênaltis.
Apostava-se muito que o Palmeiras tinha chance real de liquidar a partida em casa, já que vinha com vantagem de vitória conquistada no primeiro jogo em Itaquera. Havia muita desconfiança num Corinthians forte nesse início de ano, depois de um segundo semestre instável em 2017, mesmo se tornando campeão brasileiro.
Imaginava-se que tinha acabado o ciclo corintiano e o Palmeiras, que apresentava-se em ascensão, tomasse esse lugar já no Campeonato Paulista – até por que a campanha do Palmeiras apontava uma equipe consistente. Mas não conseguiu se impor, sendo traído também pelos pênaltis.
Em Minas Gerais, a derrota do Atlético-MG para o Cruzeiro não foi tão surpreendente, apesar do Galo ter levado grande vantagem da primeira partida para a segunda, no Mineirão. Cita-se que os cruzeirenses fizeram grande campanha na primeira fase de pontos corridos do Campeonato Mineiro, sem nenhuma derrota em 11 partidas.
O caso da final do Botafogo e Vasco me pareceu atípico. O Flamengo sofreu um apagão na semifinal da Taça Rio e depois nas finais do próprio Campeonato Carioca. O Rubro-Negro não tem baixa competitividade assim como aparentou nas últimas semanas – algo aconteceu.
A final do Carioca era imprevisível. Os vascaínos pareciam ter colocado a mão na taça, mas nos acréscimos da etapa final do segundo jogo tiveram a euforia interrompida – tornando-se frustração na disputa de pênaltis. Faltou muito equilíbrio nos últimos instantes para o Vasco tornar-se campeão – faixa que acabou passando aos botafoguenses.
O Campeonato Catarinense me chamou atenção pela distorção – mais do que as duas famigeradas finais por pênaltis no Rio e em São Paulo. A Chapecoense chegou a 41 pontos na primeira fase da competição – perdeu apenas um jogo dos 18 realizados.
A final foi com o Figueirense, que ficou em segundo lugar na primeira fase de pontos corridos do campeonato com 36 pontos. Pois bem, a decisão foi entre a Chapecoense e o Figueira, numa partida única, na Arena Condá.
O Figueirense bateu o time de Chapecó por 2 a 0 – o gol que fechou a tampa foi quase aos 40 minutos do segundo tempo. Uma pena para a Chapecoense, traída por um regulamento de competição estranho e de pouca emoção – assinado por todos os clubes participantes, é verdade -, para os padrões adotados hoje pelos estaduais por aí afora.