MANOEL FAÇANHA
O valor de um troféu exposto na galeria de um clube pode ser apenas simbólico para aqueles que não apreciam ou valorizam uma conquista do seu clube de coração, o que não é o caso do ex-jogador e presidente do Juventus, Luiz Cleber. O dirigente neste início de ano fez grande esforço e conseguiu revitalizar não somente dezenas de taças envelhecidas e corroídas pelo tempo, mas, também, revitalizou a sala de troféus da agremiação “José Aníbal Tinoco”.
Luiz Cleber que fez parte de algumas conquistas da agremiação na sua época de atleta, explicou para a reportagem do site Na Marca da Cal/Acre News que jamais poderia em sua gestão deixar de valorizar a memória do clube. “Estamos trabalhando na revitalização do clube, não somente na sua parte de infraestrutura do campo, vestiários, alambrados, estacionamento, sala da administração/secretaria, mas também estamos dando uma atenção na valorização da nossa história (memória)”, disse empolgado o presidente Luiz Cleber.
O próximo passo do dirigente será a confecção de uma grande painel com fotografias e jornais de época para contar um pouco da história desse clube épico de craques lendários do futebol acreano. “Estamos mentalizando esse pequeno projeto para também valorizar a memória de nossa agremiação e mostrar para aquelas pessoas que visitam o clube”, diz Luiz Cleber.
Histórico do clube
Fundada no ano de 1966, dois anos após o Golpe Militar de 1964, mas afastado dos gramados desde 2014.
No ano de fundação, o Juventus mostrou que seria um clube vencedor ao levar para casa o troféu de campeão, o primeiro de nove conquistados na época do futebol amador (os outros oito títulos vieram em 1969, 1975, 1976, 1978, 1980, 1981, 1982 e 1984).
Com a implantação do futebol profissional a partir de 1989, o Juventus, apesar de vencer as duas primeiras temporadas (1989/1990), resolveu, surpreendentemente, pedir afastamento dos gramados por dois anos: 1992 e 1993. O clube retornaria à disputa do estadual de 1994, mas não conseguiu superar o campeão Rio Branco. O troco do rubro-negro ocorreu em dose dupla, com a conquista do bicampeonato de 1995/1996.
No ano seguinte, a cena voltou a se repetir e nem o fato de ser o bicampeão do estado impediria que os dirigentes juventinos voltassem a retirar o clube dos gramados. Foram seis anos de ausência, com o time rubro-negro dando as caras novamente somente na temporada de 2003, mas pedindo novo afastamento de um ano na temporada 2007. Nas seis temporadas seguintes (2008/2013), ao menos uma vez, o torcedor do Juventus então pôde soltar o grito de campeão, quando o time venceu a temporada 2009.
Fora do futebol, mas prestes a voltar
Há mais de uma década afastado do futebol profissional e de outras competições organizadas pela Federação de Futebol do Acre (FFAC), o presidente Luiz Cleber explica que o objetivo neste momento será reorganizar a infraestrutura do clube, algo prestes a se concretizar para voltar aos gramados.