Juventus, uma saudosa lembrança

Tenho um bom acervo de fotos de times de futebol do Acre. São quase setecentas fotos, entre as quais as de muitas equipes que não existem mais. Fui acumulando essas imagens ao longo do tempo de militância na crônica esportiva acreana. Acumulei-as e agora as publico no Facebook.

As fotos bem antigas são as que apresentam maior apelo e provocam mais curtidas dos internautas. Talvez o grande apelo seja pelo suposto bom futebol que era jogado no passado. Pode ser também que o apelo seja o de ver como era o rosto jovem de alguns velhinhos que ainda circulam por aí.

Na verdade, não dá pra saber, assim com toda a certeza, se o futebol de antigamente era tão mais eficiente mesmo ou se é a nossa porção romântica e nostálgica que nos dá tanta saudade. Só teríamos certeza se fosse possível misturar os tempos (aposto que Einstein não pensou nisso).

Se essa mistura fosse possível, a gente trataria de marcar uma melhor de três entre uma seleção de antigamente e outra da atualidade. E os jogadores de antigamente poderiam desfrutar de vantagens que não existiam no seu tempo. Casos de gramados, chuteiras e bolas à perfeição!

Mas, voltando ao assunto inicial da crônica, o das fotografias publicadas no Facebook, eu percebi um dia desses que as do Juventus são as que causam maior comoção entre os internautas. A quase totalidade deles elogiando os diversos elencos montados pelo famoso Clube da Águia.

Vejam o que disseram, por exemplo, os meus “chegados” Cláudio Diógenes e Toinho Martins sobre uma formação do Juventus de 1981, que eu publiquei na última quarta-feira (5). “Uma verdadeira seleção. Esse time hoje estaria na série B” (Cláudio). “Era uma seleção” (Toinho Martins).

Fora os elogios, a galera se manifesta de forma quase uníssona, lamentando que esse mesmo Juventus, de futebol tão vistoso, tenha se afastado dos campos, por conta de gestões incompetentes ou temerárias de alguns dirigentes. Afastado e com o seu patrimônio praticamente acabado.

Percebe-se, pelos depoimentos, que existe uma legião de torcedores juventinos órfãos. Alguns, aparentemente, já jogaram a toalha quanto ao ressurgimento do clube. Outros, os mais providos daquela fé que remove montanhas, acham que o clube foi muito grande para morrer tão à míngua.

De acordo com o maestro Zacarias Fernandes, torcedor do Clube da Águia desde sempre, um diretor juventino garantiu que o time vai voltar a campo logo que solucione as pendências administrativas em que ora se encontra. Da minha parte, eu torço para isso. Mas só acredito depois de ver.