Durou menos de dez dias a participação dos três times acreanos na Copa Verde de 2021. Da estreia do Galvez, no dia 20 de janeiro, até essa quinta-feira que recém passou (28) foi questão de pouco mais de uma semana. E o pior é que todos foram despachados com humilhantes goleadas.
O Atlético foi o primeiro a sucumbir. O Galo do segundo distrito de Rio Branco, de tantas tradições, levou uma lapada tão feia (1 a 5 do Manaus) que, provavelmente, até agora não acertou sequer voltar pra casa. Uma lástima para um time que até dois anos atrás estava disputando a Série C.
Aliás, faz tempo que o Atlético não vence uma partida em torneios contra times de outros estados. Se eu não estou enganado, com essa recente pancada, somando-se compromissos pela Série D, Copa do Brasil e Copa Verde, completam-se 16 jogos sem uma vitoriazinha do clube azul e branco.
Pelas minhas anotações, a última vitória dos atleticanos aconteceu no dia 25 de agosto de 2019, contra o mato-grossense Luverdense: 3 a 2, no Florestão, na última rodada da Série C daquele ano. De lá pra cá, como se dizia antigamente nas melhores rodas de malandragem, “necas de pitibiriba”.
Depois foi a vez do Rio Branco: 1 a 3 do paraense Independente, em plena Arena Acreana (ex-da Floresta). O Estrelão, que não encontra o caminho das pedras desde aquela eliminação judicial da Série C, em 2011, paga o preço de decisões equivocadas de antigos dirigentes. Um preço alto!
Vai sobrevivendo aos trancos e barrancos o Rio Branco, meio que sendo obrigado a matar um leão por dia. São tantas as dívidas do Estrelão que montar um time competitivo, creio eu, se torna uma tarefa de extrema dificuldade. E aí o resultado é uma eliminação atrás da outra. Simples assim.
Nesse oceano de incertezas e tragédias, eu apostava as minhas fichas no Galvez para ir mais longe na Copa Verde. E o primeiro confronto até que me deu algumas esperanças, levando-se em conta que o Imperador eliminou o adversário inicial no terreiro deles: 4 a 3 no roraimense São Raimundo.
O meu editor Manoel Façanha ainda tentou conter a minha boa expectativa afirmando que o sistema defensivo do Galvez não passava muita confiança. Mas eu não acreditei, retruquei e disse para o dito cujo que mais importante do que os gols que a defesa toma são os gols que o ataque faz.
Aí veio o jogo contra o Paysandu, lá às margens do rio Guamá: 4 a 1 para os anfitriões. Ou seja: a defesa do Galvez continuou sua história recente de peneira furada, enquanto o ataque não conseguiu reeditar o feito de uma semana atrás, em Roraima. Os fatos dizem tudo e o Façanha tinha razão!