Walter Prado iniciou a carreira futebolística nos primeiros anos de 1970. Foto/Aleac

Morre Walter Prado, atacante que fez parte da “máquina juventina” de 1975/1976

MANOEL FAÇANHA

O futebol da “velha guarda” está de luto. Faleceu neste domingo (31), o ex-atacante Walter Prado, simplesmente, batizado, posteriormente, de “Xerife” pela sua atuação como delegado de polícia (ocupou todos os cargos da Polícia Civil). O ex-jogador de 71 anos faleceu na cidade de Goiânia (GO), em decorrência de complicações de um câncer de próstata.

Juventus – 1972. Em pé, da esquerda para a direita: Vute Vilanova, Hermínio, Mauro, Deca, Elias Mansour (presidente), Milton, Mustafa, Pingo Zaire, Eliézio, Carlos Mendes, Filogônio e Joaquim Cruz (diretor). Agachados: Nilson, Bina, Walter Prado, Wagner, Carlitinho, Edson Carneiro, Laureano e Antônio Maria. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Filho de uma família tradicional de Tarauacá, Walter Prado iniciou a carreira futebolística nos primeiros anos de 1970 na equipe do Juventus. No Clube do Povo, o atacante conquistou dois títulos estaduais:1975/1976. A equipe juventina de 1975 era considerada uma máquina de jogar bola e era formada com Xepa (ou Milton – eles revezavam); Mauro, Mustafa, Maurício e Antônio Maria; Emilson, Carlinhos Bonamigo e Dadão; Julião, Walter Prado e Pitola. Fora essa formação, segundo o jornalista Francisco Dandão, o time juventino daquela época era cheio de caras da bola bem redondinha, à disposição do treinador Aníbal Tinoco, entre eles: os laterais Otávio e Assis, os meias Pingo Zaire e Hermínio, e o atacante Carlitinho.

Juventus – 1972. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Cabeça, Xepa, Zé Maria, Pingo, Ari, Bina, Artur, Carlos Mendes e Antônio Maria. Agachados: Valter Prado, Roberto Pitola, João Laureano, Hermínio, Nilson, Chico Muniz, Jair e Nego Mansour. Foto/Acervo Luiz Cleber

A respeito da linha de ataque do Juventus da temporada de 1975, Francisco Dandão escreveu: “No ataque, Julião era um artista oriundo do futebol amazonense. Valter Prado, que depois virou deputado, era um tanque trombador. E Pitola era a formiguinha que ajudava a carregar o piano: habilidoso, mas sempre pegando na marcação. Grande Juventus!”

Juventus – 1974. Em pé, da esquerda para a direita: Antônio Maria, Pingo Zaire, Zé Maria, Milton, Mustafa e Mauro. Agachados: Laureano, Nilson, Edson Carneiro, Walter Prado e Hermínio. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Juventus – 1975. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Mauro, Emilson Brasil, Xepa, Antônia Maria e Assis. Agachados: Roberto Pitola, Carlinhos Bonamigo, Julião, Dadão e Walter Prado. Foto/Acervo Francisco Dandão
Juventus – 1975. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Mauro, Emilson Brasil, Milton, Maurício e Antônia Maria. Agachados: Walter Prado, Julião, Dadão, Carlinhos Bonamigo e Roberto Pitola. Foto/Acervo Francisco Dandão

Juventus lamenta

Triste com a perda do ex-jogador, o presidente juventino, Luiz Cleber, comentou que parte da história do clube se perde com o falecimento do ex-atleta. “É uma perda bastante sentida entre a família juventina. Walter Prado fez parte da história vitoriosa do Juventus e deixo meus sentimentos aos familiares e amigos”.

Juventus – 1976. Em pé, da esquerda para a direita: Xepa, Mustafa, Milton, Mauro, Emilson, Abraão, Maurício, Assis e Dadão. Agachados: Otávio, Antônio Maria, Chico Preto, Carlinhos, Julião, Carlitinho, Roberto Pitola e Valter Prado – Acervo Chico Preto.
Juventus – 1977. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Xepa, Emilson, Maurício, Antônio Maria e Otávio. Agachados: Anísio,, Carlinhos Bonamigo, Julião, Valter Prado e Pitola. Foto/Acervo FFAC.

De acordo com a família, ainda não há previsão para o translado do corpo para o estado acreano, mas o sepultamento está previsto para ocorrer no município de Tarauacá, onde nasceu.