Diz-se por aí que a história só se repete em forma de farsa. Concordo. A história, tal como o rio onde não se mergulha duas vezes, é sempre outra. A história pode ter muitas semelhanças, mas não é exatamente a mesma. Inclusive porque os atores mudam. Isso tanto para o bem quanto para o mal.
Pelo princípio desse papo aranha de hoje, eu tenho certeza de que o leitor está pensando que o velhinho aqui está querendo morar na filosofia. Pode ser, pode não ser, quem haverá de saber? Nem o bardo inglês Shakespeare poderia dizer. A verdade pode se esconder no meio do caminho.
E então, indo direto ao ponto, o que eu queria dizer com tudo isso mesmo é que mal terminou uma Copa Libertadores da América e já tem outra aí sendo jogada. Praticamente não deu nem tempo o Palmeiras comemorar o título conquistado. Já tem novos combates pela frente do glorioso Verdão.
É a vida que não para. Assim como não param as ondas do mar. Vão e voltam continuamente. Dessa forma, não se passaram nem dois meses desde que acabou a referida competição e todos já tem que entrar em campo outra vez para as refregas de praxe. A esfinge devora os que não a decifram!
Como a história não se repete, cabe ao time do Allianz Parque escrever novos capítulos. Se as linhas serão tortuosas ou retas, isso só se vai saber lá na frente, no bico do funil. O que a gente sabe é que se depender do goleiro acreano Weverton, depois da final terá uma bandeira adornando o seu corpo.
A propósito, a moda de se enrolar com a bandeira do estado natal depois de uma conquista, lançada pelo Weverton, parece que fez escola. No recente título da Copa do Brasil, conquistado pelo mesmo Palmeiras, o atacante paraense Rony desfilou coberto pela bandeira do Pará. Puro tucupi!
Eu disse tucupi, mas poderia ter dito açaí, maniçoba, tacacá, farinha ou congêneres. Se juntar essa gastronomia toda com meia dúzia de saltenhas, “quêbe de arroz”, “quêbe de macaxeira”, “saltenha frita”, pirarucu seco, mandis com pirão etc. e tal, dá uma boa presença do Norte nesse banquete.
O goleiro acreano Weverton e o atacante paraense Rony são dois bons exemplos de que o futebol não tem fronteiras para o talento. Tem menino bom de bola em todos os cantos. A questão é que uns tem oportunidade (e a agarram com unhas e dentes) e outros se perdem pelos descaminhos da vida.
Enfim… A vida vem em ondas como o mar, segundo disseram Lulu Santos e Nelson Motta. E a farsa não é história. Flamengo e Palmeiras, que ganharam, respectivamente, as duas últimas edições da Copa Libertadores da América, são as melhores opções do Brasil para um novo dia nascer feliz!