Nascidos em setembro

Muita gente boa no mundo das artes e no planeta futebol nasceu em setembro. Pra dizer a verdade, nasce gente boa todos os dias, em contraposição, por assim dizer, a outro tanto de ruindade, qualquer que seja o sentido (ou a área de atuação) que você, amigo leitor, possa imaginar.

Se falo de setembro é porque se trata do mês em que o velhinho aqui veio à luz, lá nos cafundós de uma colônia, nas imediações de Brasiléia. Os meus amigos mais chegados, a propósito, costumam dizer que eu nasci foi na Bolívia, do outro lado do rio. A esses eu digo: “Sai pra lá, mangalô!”

Numa pesquisa rápida na internet descobri uma “meia-dúzia de um ou dois” (como costuma dizer o meu amigo cantor Luiz Ivan) de gente famosa do futebol que nasceu em setembro. Casos do tricampeão mundial Clodoaldo Tavares Santana (dia 26) e do treinador Sebastião Lazaroni (dia 25).

Do show bussines, então, nem se fala. Vera Gimenez, atriz (dia 14); Glória Perez, escritora e novelista (dia 25); Bruce Springesteen, cantor e músico (dia 23); Michael Keaton, ator (dia 5); Arrigo Barnabé, cantor e compositor (dia 14); Pedro Almodóvar Caballero, ator e cineasta (dia 24) etc.

Mas, saindo do geral para o particular, chego ao futebol acreano, onde pelo menos três ex-craques saltaram para a vida neste mês onde costuma surgir a primavera no hemisfério sul. Refiro-me aos ex-atacantes Julinho (7, em 1963) e Ericsson (30, em 1963) e ao meia Mariceudo (17, em 1958).

O Mariceudo, quem assistiu o futebol acreano entre o final dos anos de 1970 e a primeira parte da década de 1990 deve lembrar, era um daqueles raros futebolistas que jogava sempre na vertical. Com ele não tinha esse negócio de toquinho lateral não. Era sempre pra frente, em expansão.

Já o Julinho, que nasceu em Xapuri, e que ainda bem garoto ganhava um troco para jogar pelos times de Cobija, este era um daqueles centroavantes de área que aliava técnica e força. Jogava tanto que virou profissional no Equador, quando o futebol acreano ainda era amadorista.

Enquanto isso o Ericsson, que desfilava a sua arte na extrema-esquerda dos ataques das diversas equipes onde atuou, triste dos laterais que recebiam a incumbência de marca-lo. Provavelmente os caras tinham até pesadelos. Veloz e driblador, o Ericsson cansou de deixar os adversários no chão!

Não sei se esses três ex-craques do futebol acreano citados nessa crônica chegaram a atuar juntos num mesmo time. Não lembro. O que eu sei é que cada um deles deu muitos espetáculos para quem teve a ventura de vê-los em ação. E sei que eles nasceram em setembro. Tal e qual o vovô aqui!