Clube centenário (fundado em abril de 1901), o tradicionalíssimo e glorioso Náutico Capibaribe, da bela cidade de Recife, capital de Pernambuco, multicampeão regional e estadual, até domingo passado jamais havia conquistado um título brasileiro. Mas essa lacuna agora foi preenchida.
Ao empatar em 2 a 2 com o Sampaio Corrêa, em São Luís, no jogo da volta, depois de fazer 3 a 1, uns dias atrás, no jogo da ida, em casa, o Náutico levou para suas vitrines a taça da Série C de 2019 e ganhou o direito de fazer um carnaval fora de época pelas ruas da Veneza Brasileira. Haja frevo!
Nada disso, entretanto, é novidade para quem está lendo neste momento essas minhas linhas eternamente mal traçadas. Quem acompanha o noticiário do futebol tupiniquim sabe muito bem tudo isso. Acabada a decisão, pipocou nas redes sociais toda a saga do Náutico através da história.
O que só uns poucos sabem é que no elenco desse Náutico, campeão brasileiro da Série C, figura um jogador nascido em Rio Branco, capital do Acre. Trata-se do atacante Neto Pessoa, que no ano passado foi um dos destaques na ótima campanha do Atlético-AC nessa mesma competição.
E então, como essa informação é do conhecimento de poucas criaturas, imagino que seja pertinente jogar algumas luzes sobre a trajetória desse jogador de 25 anos (ele nasceu no dia 16 de maio de 1994), cuja carreira foi iniciada em 2012, no timeSub-20 do interiorano Plácido de Castro.
Com a capacidade de jogar em todas as posições do ataque (tanto pelos lados quanto centralizado), Neto Pessoa ficou apenas um ano na base do Plácido. No campeonato estadual de 2013, ele já estava devidamente integrado ao time profissional, sob o comando do técnico Nilton Neri.
Na estreia como profissional, o jovem atacante já fez história, ajudando o Plácido de Castro a ganhar o título de campeão estadual. Daí pra frente, e até aqui, Neto Pessoa trocou de time várias vezes, incluindo, além do já citado Atlético, o potiguar ABC, no primeiro semestre deste ano.
Um dia desses, eu conversei com o Neto e, entre uma coisa e outra, lhe perguntei sobre os melhores técnicos com quem ele trabalhou. Sem hesitar, ele citou dois: Álvaro Miguéis, do Atlético, e Ranielle Ribeiro, do ABC. Segundo ele, esses dois sabem muito de estratégia de futebol.
Neto também me confessou suas ambições. “Quero vestir a camisa de um time da Série A do Brasileirão e também jogar em solo europeu algumas temporadas. Seria a concretização de um sonho, além da oportunidade de fazer o famoso pé de meia”, disse-me ele. Que venham outros desafios!