A CBF negocia com o Barcelona a liberação de Neymar para a Olimpíada. Seria um total descaso se o maior jogador brasileiro da atualidade não pudesse atuar em seu país pela seleção.
Na verdade, a confederação tenta também liberação do craque para a Copa América, que acontece antes dos Jogos Olímpicos, nos Estados Unidos. Neymar disse que prefere atuar na Rio 2016, mas o problema é a CBF suportar a pressão de patrocinadores para o jogador participar de partidas no agora poderoso mercado norte-americano de futebol.
A questão tem sido tratada por Dunga junto ao clube catalão, mas, por certo, os organizadores da competição dos EUA gostariam de ter o Neymar em campo por lá. Neste ano, pelo calendário, não deveria acontecer a Copa América, mas os norte-americanos resolveram bancar uma com a justificativa de o torneio estar fazendo 100 anos – no fundo, trata-se de mais um impulso para o avanço do esporte naquele país.
A FIFA deu apoio ao evento, até que, após investigações da FBI sobre a federação, apontou-se a Copa América como uma das competições onde “comeu solto” suborno, fraude e lavagem de dinheiro em contratos com patrocinadores e emissoras de televisão. Por conta disso, quase o torneio foi cancelado.
Vai ser um baque se Neymar não for aos Estados Unidos depois de um esquema pesado de organização do torneio. Mas pior vai ser se ele não estiver aqui no Brasil na Olimpíada – afinal, trata-se de um megaevento esportivo em solo brasileiro, onde, aliás, o Brasil tentará ganhar sua primeira medalha de ouro olímpica no futebol masculino.
Neymar tem hoje 24 anos e por certo esta será a sua última Olimpíada – cada equipe só pode levar três jogadores com idade acima de 23 anos e, em geral, este espaço é ocupado por atletas com idade não muito acima de 23.
Com ele, o Brasil tem mais chance de conquistar o título inédito. Se for bem sucedido, tirará a mácula que já carrega de ainda não ser tão relevante à seleção brasileira como já o é para o time do Barcelona.