Novas séries

Falta menos de um mês, e pouco mais do que isso, para o início, respectivamente, das novas série C e D do campeonato brasileiro. Três times acreanos estarão envolvidos nos combates: o Atlético, na série C, e o Rio Branco e o Galvez na série D. Jogos duríssimos, certamente, vem por aí.

O Atlético, que subiu em 2017, fez um campeonato de excelência na série C do ano passado. Entrou no torneio como candidato ao rebaixamento, segundo a opinião dos analistas, passou para a categoria de azarão depois das primeiras partidas e acabou sucumbindo só ao chegar às quartas de final.

Como não é mais estreante na competição, seria de se esperar que o Galo agora entrasse no game como um dos favoritos para mudar de patamar no mapa do futebol brasileiro, subindo à série B de 2020. Na realidade, porém, não se pode raciocinar de forma assim, digamos, tão cartesiana.

É que de um ano para o outro muita coisa muda. E muita coisa, de fato, mudou na vida do glorioso clube celeste do 2º Distrito de Rio Branco. Muita coisa mudou, a começar pelo elenco, cuja boa parte dos integrantes, aqueles de mais destaque, foram mostrar a sua bola em outras paragens do mundo.

O ataque inteiro que o Galo usou na campanha de 2018 se mandou. Eduardo foi nos últimos meses do ano para o paulista RB Brasil. E depois se mudou para oparanaense Operário. O jovem Neto agora é um dos artilheiros do potiguar ABC. E o Rafael Barros foi para o boliviano Blooming.

Para tentar substituir tanta gente boa de bola, o Atlético precisaria, teoricamente, seguir um desses dois caminhos: puxar outros candidatos a craques da sua base ou ir buscar no mercado jogadores de igual qualidade. Na prática, entretanto, nenhum desses caminhos parece assim tão factível.

Primeiro pelo fato de que nem sempre surgem na base jogadores tão talentosos. Às vezes é preciso anos de trabalho para que uma joia passe pelo devido processo de lapidação. E para contratar bons jogadores precisa ter dinheiro em caixa, coisa que não deve ser o caso do Atlético atualmente.

Quanto ao Rio Branco, a julgar pelos seus resultados no campeonato estadual até o presente momento, nada indica que o time vá entrar na série D com ares de favorito. Não chegar sequer às semifinais do turno acende uma brilhante e perigosa luz amarela no horizonte do time da estrela rubra.

Então, dados todos esses prolegômenos de um cronista encharcado pela chuva que não para de cair nem depois de fechado o verão, resta a expectativa do desempenho do Galvez. Com grana em caixa e campeão do primeiro turno local, o time militar pode ser a melhor aposta. Pode sim!