Londrina, CRB e Luverdense passaram perto de ir para a elite do futebol brasileiro. O Paysandu, que quase subiu no ano passado para a séria A, ficou no meio da tabela. São clubes que nunca disputaram a primeira divisão no período de pontos corridos – caso chegassem lá, seria uma novidade e tanta ao futebol brasileiro.
O pior não é a situação do Vasco, ameaçado de não voltar à elite se não vencer o último jogo da Segundona do Campeonato Brasileiro, mas justamente a falta de algo novo nesse universo, mostrando que o avanço sobre o melhor quinhão do futebol se restringe a poucos, que se revezam entre descer e subir.
Atlético-GO retorna à Série A, assim como Avaí e talvez o Bahia ou Náutico – ou os dois, deixando o Vasco de fora do G4. Mas isso não é de longe assunto que se possa dizer diferente – todos eles já foram protagonistas na divisão principal.
Insisto da necessidade de participação de equipes fora dos grandes centros do País na principal série do Campeonato Brasileiro. Isso parece não deslanchar. Não dá mais para ser uma competição quase Sul-Sudeste – isso já foi traçado pela Primeira Liga, embrião de uma entidade independente forte no País, cujo primeiro torneio ocorreu este ano, embora sem o entusiasmo esperado.
O Luverdense de Mato Grosso talvez fosse a grande novidade na Séria A, caso se classificasse. Já não é de hoje que esse time do rico norte mato-grossense se mostra capaz de ir além, com pouco mais de 10 anos de fundação.
A novidade (boa) da Série B no ano que vem é a presença do ABC de Natal, vindo da Série C, se juntando ao alagoano CRB e ao Ceará, permanecidos na Segundona.
Alguns comemoram também a volta do Guarani à Série B, clube que detém título na primeira divisão, mas que vivia a beira da falência até bem pouco tempo, dando agora volta por cima.
Ao Vasco, já tem gente que acha que nem vale a pena ir adiante com esse time aí. Irá sofrer passando para Série A, a não ser que mude tudo. Eu, porém, torço pelo time da Colina. Não cabe a um dos clubes que mais torcida tem no País ficar fora da elite. Mas me estranha ainda mais como não se renova nada na parte de cima do futebol brasileiro.