Com indícios de manipulação de resultados aparece o futebol acreano. Foto: Manoel Façanha

Operação ‘Game Over’ vai investiga o futebol acreano

MANOEL FAÇANHA, COM INFORMAÇÕES DA ESPN

Operação ‘Game Over’ que investiga suspeitos na participação de fraude no resultado de jogos sete estados brasileiros, inclusive, com fortes indícios de manipulação de resultados no futebol acreano e possivelmente também Paraná e São Paulo, ganhou os noticiários esportivos no meio de semana após a coletiva à imprensa do delegado da Polícia Civil de São Paulo, Mário Sérgio de Oliveira Pinto, que apura o caso.

Na coletiva, o delegado disse que irá manter sigilo a respeito do caso, mas revelo que existem entre seis e oito clubes do país envolvidos na manipulação de resultados. Ele explicou ainda que não é necessário de todo o clube (para a manipulação), mas de uma quantidade mínima de jogadores. Bastando que o técnico e alguns jogadores atuem de forma pré-coordenada. Porém, segundo ele, há casos de possível participação da estrutura inteira do time.

Operação ‘Game Over’ foi iniciada após o recebimento de uma informação da Áustria. O setor de Fifa que investiga este tipo de ameaça notificou a CBF através do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que remeteu à federação paulista. Foi aí que a FPF contratou a empresa suíça para investigar o fluxo das apostas.

Próximos passos

“Os próximos passos serão a renovação do pedido de prisão temporária para que o Ministério Público possa oferecer uma denúncia bem elaborada, com muitos elementos, para transformar em prisão preventiva”, disse o promotor de Justiça Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo.

De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, o chefe do esquema no Brasil foi identificado, nesta quinta-feira (7), como Anderson da Silva Rodrigues. Ele teria sido reconhecido pelo presidente do América-SP, José Carlos Pereira Neto, o qual quis subornar oferecendo R$ 160 mil para o clube perder por 4 a 0 para o Vocem, de Assis.

As investigações estão centradas em cima na existência de quadrilha que atuava em São Paulo e no Rio e que, junto de uma quadrilha ainda desconhecida da Malásia, da China e da Indonésia, aliciava jogadores, técnicos e presidentes de clubes das Séries A2 e A3 do Paulista para que os resultados favorecessem apostadores nas bolsas da Ásia. No entanto, existem indiciosos que a quadrinha possa também ter influenciado campeonatos de maior importância.

A operação foi iniciada no começo de 2015, após pedido do Ministério Público de São Paulo, ainda está em andamento e o inquérito está sob segredo de Justiça.

Não quis falar

Procurado pela imprensa, o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Antonio Aquino Lopes, não se pronunciar sobre o assunto, apenas afirmando que não foi notificado pela polícia paulista para questionamentos.