Começou nessa terça-feira (30 de janeiro) a Copa do Brasil. Clubes de todos os estados brasileiros participam da festa. Times das quatro divisões, e até muitos sem divisão alguma, ganham os seus quinze minutos de fama. Nesse sentido, pode-se dizer que esse é o torneio mais democrático do país.
Craques de todos os níveis, pertencentes aos elencos das principais agremiações, cruzarão o Brasil de ponta a ponta para a alegria de seus fãs, que poderão vê-los bem de perto. Nessas ocasiões, até os treinos das grandes equipes costumam ser um evento para os torcedores dos estados distantes.
E nessas de confronto entre grandes e pequenos, muitos jogadores desconhecidos têm a sua chance de ouro de aparecer e dar uma impulsionada legal na própria carreira. Outros, os que não forem bem, naturalmente, se afundarão cada vez mais no ostracismo da bola murcha e sem charme algum.
É claro que apesar das chances serem rigorosamente iguais para todos os times que entram na disputa, dificilmente um representante de um estado periférico vai conseguir chegar às fases finais da competição. A diferença entre os clubes de elite e os periféricos é abissal. Isso em todos os sentidos.
Então, via de regra, uma boa campanha para um time do interior do Brasil é passar de fase. Ter o direito de enfrentar um segundo adversário, depois de haver eliminado o primeiro, enche de glória o detentor do feito. Enche de glória e, como efeito colateral, enche também os cofres do clube.
Não sei exatamente qual quantia um clube leva pra casa só pelo fato de participar da Copa do Brasil. Mas sei que é um bom valor, cujo número cresce exponencialmente se o time conseguir a façanha de passar para a segunda fase. Num clube pequeno talvez dê para pagar a folha do ano.
A propósito, já que toquei nesse assunto da “bufunfa”, nesse ano o dinheiro destinado aos vencedores do torneio ultrapassou as expectativas mais otimistas. O campeão leva 50 milhões de reais pra casa. Enquanto isso, o time que chegar em segundo lugar recheia a tesouraria em 20 milhões!
Dois clubes acreanos estão na briga: o Atlético e o Rio Branco. O Atlético vai enfrentar o xará mineiro, em casa. Precisa vencer, dado que o regulamento determina que em caso de empate o visitante é que passa de fase. Já o Rio Branco vai ao interior de São Paulo enfrentar o Internacional.
A parada é extremamente complicada tanto para o Galo acreano quanto para o Estrelão. Mas, como ninguém perde de véspera, é jogar pra ver. Como diz aquele antigo clichê do mundo do futebol, “são onze contra onze”. E a deusa bola pode estar doidinha para aprontar alguma molecagem!