É surpreendente o desempenho do Corinthians no Brasileirão. Não é somente o fato de estar liderando a competição – algo que poucos acreditavam no início do campeonato -, mas seu desempenho. Oito vitórias e dois empates nas dez primeiras rodadas foi muito pouco visto na era dos pontos corridos.
Há uma leva de secadores esperando o momento em que o Timão não suportará mais se manter na liderança – a maioria dos técnicos, quando perguntado, costuma cravar que a melhor posição para iniciar a arrancada na reta final do campeonato, é estar entre as seis primeiras posições na tabela, não mais do que seis a oito pontos atrás do líder, na virada do turno para o retorno.
Mas, antes, tem ainda a famigerada janela de transferência de jogadores para o exterior, que costuma desfalcar importantes peças dos clubes. E ela está para acontecer. Nesse item, todo mundo no geral perde, com diferentes intensidades, dependendo da importância do atleta ao esquema do time.
Somam-se a isso competições paralelas ao Brasileirão – ou seja, jogos de futebol de torneios além do campeonato nacional. O Corinthians nisso leva vantagem por que só tem a Copa Sul-Americana pela frente. Não é o caso de seu rival direto hoje pela liderança do Campeonato Brasileiro, o Grêmio, com partidas na Libertadores, Copa do Brasil e no torneio Primeira Liga – não precisa ser técnico do tricolor gaúcho para dizer que ele terá que decidir em algum momento o que priorizar.
O Flamengo, no G4 – e também em três competições paralelas ao Brasileirão -, segue a trilha que muitos acreditavam: um ganho de consistência na equipe com enorme capacidade de evolução. O Palmeiras voltou a encontrar seu jogo e vai tomando seu lugar como um dos favoritos ao título da competição. O Verdão tem duas competições ainda: Libertadores e Copa do Brasil.
Esperava-se mais do Santos, um time que vinha se mostrando competitivo nos últimos tempos. Vasco e Botafogo são as surpresas (boas) da tabela, seguida pela Ponte Preta, numa regularidade impressionante desde o ano passado para um clube médio. O Fluminense segue na cola do G4, aos trancos e barrancos. Acredita-se num crescimento do Atlético-MG daqui para frente.
O clube que coloca seu maior ídolo como técnico de seu time, sem nenhuma experiência no cargo, paga o preço por essa aventura inexplicável. O São Paulo segue candidato da elite do futebol que pode disputar a Segundona em 2018. Seis derrotas, dois empates e apenas três vitórias no Campeonato Brasileiro acendeu o sinal vermelho no clube da capital paulista.
Ou o São Paulo parte para arrancada rumo ao G4, ou viverá a penúria contra queda que parece mais evidente para o Atlético-GO e Avaí.
O Brasileirão ainda está bastante indefinido, mas dá seus primeiros sinais de consolidação de até onde cada equipe pode chegar.