Desde sempre o planeta Terra foi um lugar por demais perigoso. A própria lei da preservação das espécies, que faz sobreviver os fortes em detrimento dos mais fracos, nos avisa que a violência faz parte da própria natureza. Os filósofos ou poetas diriam sobre isso que a vida vive da vida!
Leio em um autor chamado Joseph Campbell que esse negócio de a vida viver da vida “vinha acontecendo há bilhões de anos, até que os olhos se abriram e perceberam o que já estava acontecendo muito antes do surgimento do Homo sapiens no universo”. Uns vivem pela morte alheia!
A rigor, por esse prisma, uma vez tendo consciência dessa lei fundamental inscrita no DNA de todos os seres vivos, não deveríamos nos espantar tanto com o que vivenciamos rotineiramente no que concerne à violência. Apesar de tudo, porém, não conseguimos deixar de nos espantar!
Um espanto que, no meu entender, tem ver com o fato de que a violência e o perigo parecem ter dobrado de intensidade nos últimos anos. A sensação nesses tempos explosivos é a de que não existe nenhum lugar onde se possa estar com tranquilidade, num estado de absoluta segurança.
Uma olhada, ainda que apressada, nos noticiários de cada dia confirma as palavras tanto dos filósofos quanto dos poetas. Até onde a nossa vista (ou a nossa atenção) alcança, ali está um massacre, um assassinato, um assalto, uma ameaça, um constrangimento ou coisa do tipo.
Enquanto escrevo, no aparelho de televisão à minha frente passam imagens do último conflito fatal num espaço público dos Estados Unidos, quando cinco policiais foram mortos por um sniper, que supostamente se vingava da morte de civis negros perpetrada por outros agentes da lei.
Os programas e as páginas sobre crimes causam arrepios da raiz à pontinha dos nossos cabelos. Por mais que o sujeito tenha uma postura de despreocupação perante a vida, no fundo ele sempre olha com desconfiança para qualquer desconhecido que se aproxime do seu corpo. Olha e reza!
Pra falar a verdade, creio que são raras as pessoas que hoje podem se gabar de jamais terem sofrido algum tipo de violência. Mesmo que a criatura tente se proteger com qualquer tipo de artifício, seguindo as suas pegadas existe sempre um facínora esgueirando-se dentro de uma sombra.
Sobre os motivos para uma crônica pretensamente “sociológica” ocupar o espaço onde deveriam ser tratados temas referentes ao esporte? É que eu não consigo me conformar com a violência sofrida pelo jogador Josy, do Atlético. Um tiro na perna, sem mais nem menos. Uma barbárie!

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