POR FRANCICO DANDÃO
Canhoto, bicampeão estadual com a camisa do Atlético Acreano (2016-2017), o jovem meia-atacante Jardson Almeida Monteiro, conhecido no futebol pelo apelido de Polaco, apesar da pouca idade (24 anos), já rodou um bocado pelo mundo, na perseguição do seu sonho de um dia se transformar em um nome conhecido pela maioria dos torcedores brasileiros.
Polaco, que nasceu em Rio Branco, no dia 21 de agosto de 1993, começou a jogar futebol na quadra da Escola Maria Chalub Leite, ali por volta dos dez anos de idade. Logo um vizinho entendeu que ele deveria estender os próprios horizontes. E então, um dia o levou para integrar a Escolinha de Futebol da Pirelli, que treinava no campo do antigo Banacre.
Lá pelas tantas, o professor Álvaro Miguéis foi convidado para ministrar uma aula para os meninos da Pirelli. Foi o suficiente para ver que sobrava talento no garoto magrinho e de cabelo louro, que driblava como um capeta e jogava em sentido vertical, rumo ao gol inimigo. E assim, no início de 2005, antes dos 13 anos, Polaco já estava nos infantis do Juventus.
Em 2006, nova mudança de camisa. Sempre levado pelo professor Álvaro Miguéis, Polaco foi jogar no Rio Branco. Na equipe do Estrelão, o jovem craque ficou até 2009, sagrando-se campeão em todas as categorias de base. Foi nesse mesmo ano que ele disputou pela primeira vez a Copa São Paulo de Futebol Junior. Antes mesmo de completar 16 anos de idade.
Um pulo na terra da rainha e a passagem pelo Santos
No início de 2011, depois de disputar mais uma Copa São Paulo de Futebol Junior, dessa vez com a camisa do Atlético, Polaco foi levado para o Santos-SP. Não aceitou ficar porque lhe ofereceram um salário bem abaixo do que ganhavam os outros jogadores da sua categoria. Aí fez testes no Galo Mineiro, mas não gostou do ambiente e acabou voltando para casa.
No Acre, assinou contrato com o Atlético, para a disputa do campeonato estadual, e com o Rio Branco, para a série C de 2011. Mas no Estrelão esquentou o banco, sob o comando de Éverton Goiano. Antes do final do ano foi para o Cruzeiro-MG, onde passou um mês treinando, sob a orientação de um empresário, com vistas a jogar no inglês Manchester City.
A aventura na terra da rainha durou só um mês. Corria o ano de 2012. Exigiram dele passaporte comunitário. Algo impossível. Polaco precisou voltar ao Brasil e foi para os juniores do Volta Redonda-RJ. Treinava entre os profissionais e jogava nos juniores. Aí surgiu novamente o interesse do Santos, mas agora com salário melhor do que o oferecido no ano anterior.
Polaco viveu um ótimo momento nos juniores do Santos, onde ficou até o final de 2013. Titular absoluto da sua posição, ele levantou dois títulos: a Copa São Paulo de Futebol Junior e o campeonato paulista da categoria. Parecia que o futuro se abria para o craque. No início de 2014, porém, com a mudança de alguns dirigentes, seu contrato não foi renovado.
Outra volta para casa e perspectiva de futuro
Depois de sair do Santos, Polaco foi convidado a jogar a série A2 do “Paulistão” pelo time do Monte Azul. Ficou um mês no novo clube, mas acabou não assinando contrato porque não quiseram pagar os valores combinados previamente. Ele preferiu voltar para casa e assinar mais uma vez com o Rio Branco, disputando o campeonato acreano e a série D.
Em 2015, mais uma camisa diferente para o jovem meia-atacante: a do URT, de Patos de Minas. Polaco disputou o campeonato mineiro e, em seguida, veio para o Rio Branco, ainda a tempo de se sagrar bicampeão acreano. Jogou muito neste ano. O que lhe rendeu um convite para jogar no Atlético em 2016, onde está até hoje, sob o comando de Álvaro Miguéis.
O ano de 2016, entretanto, lhe reservou alguns dramas. O primeiro deles foi a derrota para o Moto Clube-MA, em casa, no jogo que valeria a classificação do Atlético para a série C. O segundo drama foi o rompimento dos ligamentos do joelho direito, jogando o campeonato amazonense pelo Nacional, para onde se transferiu depois da desclassificação do Atlético.
Em 2017, recuperado da grave contusão, Polaco, que tem contrato com o Atlético até 2018, ajudou o clube a ser bicampeão acreano, bem como a subir para a série C. E ainda se tornou pai de um menino, nascido no mês de setembro. Ele garante que está de bem com a vida e agora só quer esquecer o que não deu certo. Esquecer e partir para novas e boas aventuras.