Os dois representantes acreanos no campeonato brasileiro da série D mandaram bem na primeira fase da competição e concluíram a etapa em primeiro lugar nos seus respectivos grupos. Tanto o Atlético quanto o Rio Branco seguem dispostos na luta pelo acesso à série C do próximo ano.
É verdade que no meio do caminho de ambos houve tropeços que não estavam nos roteiros nem de um time nem do outro. O Atlético empatou contra o lanterna do seu grupo, o rondoniense Real Desportivo. E o Rio Branco perdeu para outro lanterna, o roraimense São Raimundo.
Esse tropeço do Atlético, que depois perdeu para o amazonense Princesa do Solimões, obrigou o time acreano a jogar uma espécie de tudo ou nada na última partida da fase de grupos. Certo, isso não foi um problema, o Galo acabou jogando bem e goleando os amapaenses do Trem.
Não houve problema, mas deixou todo mundo meio que apreensivo. Afinal de contas, decidir na última partida, quando a classificação poderia ter sido garantida bem antes, é sempre um risco desnecessário. É preciso compreender que não se pode dar mole para o azar. Isso, de jeito nenhum.
Quanto ao tropeço do Rio Branco, sobre isso, vai ter muita gente dizendo que o time relaxou, uma vez que já entrou em campo classificado. Esse, porém, é um argumento com o qual eu não concordo. Em futebol, ainda que com folga no placar ou na tabela, deve-se vencer “apenas” todas.
Um time que demonstra força e equilíbrio em todas as situações, mesmo que esteja classificado para uma fase seguinte ou com boa margem de pontos a favor, impõe sempre mais respeito aos próximos adversários. Além do que passa mais confiança para todo mundo. Confiança vale muito.
Aliás, esses dois ingredientes, força e equilíbrio, serão vitais para as fases que virão, as tais fases de mata-mata. Atlético e Rio Branco, dadas as suas campanhas, decidirão suas sortes em casa. Mas serão obrigados a jogar bem também na casa alheia. Não podem vacilar de forma alguma.
Um resultado desastroso na primeira partida, fora de casa, deixa o adversário muito à vontade para armar a sua retranca no jogo da volta e apostar no desespero do anfitrião. Um empatezinho com gols na partida de ida é um bom negócio. Vencer fora se configura o melhor dos mundos.
De qualquer forma, o que mais conta nesse momento, é que Rio Branco e Atlético estão bem vivos no game. Estão entre os 32 times que suportaram a primeira peneira. Deixaram para trás 36 outros clubes do Brasil. Entre os quais clubes tradicionais como a Portuguesa e o Bangu.