O Hulk voltou a ser convocado para a seleção brasileira. É um dos grandes mistérios dos últimos tempos no futebol brasileiro – ou realmente o Brasil está escasso de bons atacantes. Sua convocação lembra a do artilheiro Afonso, que jogava na Holanda e foi chamado por Dunga algumas vezes na sua primeira passagem pelo selecionado nacional.
Desde a Copa de 2014 que o jogador é contestado, mas continua vestindo a camisa amarela. O mesmo acontece com o zagueiro David Luiz, embora seja mais eficiente do que Hulk, assim como o é Daniel Alves – também volta e meia criticado. Um técnico mais ousado já teria descartado pelo menos um deles e deixado o outro em banho-maria.
Para os próximos dois jogos das eliminatórias do Mundial de 2018, contra o Uruguai (em Pernambuco) e Paraguai (em Assunção), Dunga fez nova aposta em Kaká, mais pelo que representou no passado do que é hoje.
A volta de Oscar, que em 2014 não resolveu para seleção, é uma boa opção em meio à seca existente. A grande esperança é Phillipe Coutinho, que não participou na Copa no Brasil, mas poderia ter estado para tentar salvar o time, e agora pode ser o ano do jogador na seleção.
Gostaria de saber como Dunga tem acompanhado o Gil e Renato Augusto lá do outro lado do mundo, na China. É unânime, eles foram ótimos em 2015 pelo Corinthians, mas esse ano, ninguém sabe, ninguém viu.
O time tem somente quatro jogadores que atuam no Brasil, sendo dois goleiros (Alisson e Marcelo Grohe), além de Lucas Lima e Ricardo Oliveira (ambos do Santos). O resto é tudo “estrangeiro”. Continua sendo um bom negócio ir para o exterior – as chances de ser visto são bem maiores.
Esta aí o time, com mais Miranda (Inter de Milão), Marquinhos (PSG), Danilo (Real Madrid), Fernandinho (Manchester City), Douglas Costa (Bayern), Neymar (Barcelona) etc.
Tem craques, mas está longe de ser uma equipe confiável, menos pelo talento individual, mais pela dificuldade de se construir a partir deles uma seleção coesa, coletiva, segura e, acima de tudo, competitiva como era no passado.