O Fluminense, meu glorioso Tricolor das Laranjeiras, time do coração dos homens de boa vontade, está eliminado da Copa Libertadores da América. Empatou em 1 a 1 com o Barcelona de Guayaquil, lá no Equador, depois de também haver empatado no Rio de Janeiro pelo placar de 2 a 2.
Quer dizer: o Fluzão foi eliminado sem perder. O critério foi o dos gols marcados fora de casa pelo adversário. Eu acho isso a coisa mais injusta. Dois empates significa que nenhum time foi melhor do que o outro. Foram iguais no desempenho final. Está no regulamento, mas eu acho injusto sim.
Pode-se dizer, nesse sentido, que o Tricolor caiu de pé. E jogando em cima da cabeça dos adversários equatorianos. Igualzinho àquelas chuvas de verão, torrenciais, que arrastam muita coisa na sua passagem, mas depois veem as próprias águas serem absorvidas pelo mar. Igualzinho, tal e qual.
De quebra, Don Fredón, primeiro e único, matador daqueles que os zagueiros adversários não podem piscar uma fração de segundo, chegou ao número de 25 gols feitos na história da Taça, empatando com Palhinha, que jogou antigamente no Cruzeiro, no Corinthians e no Atlético Mineiro.
Fred e Palhinha só perdem em questões de artilharia na Libertadores para Luizão, que marcou época no Corinthians. Enquanto isso, dois sujeitos aparecem em terceiro na lista de brasileiros artilheiros da competição: Célio Taveira, que fez todos os seus gols pelo Nacional do Uruguai, e Gabigol.
Gabigol, com as duas vezes que foi às redes contra o Olímpia, quarta-feira passada, chegou aos 22 gols marcados no torneio. Teoricamente, levando em conta a sua juventude, ainda pode até superar Luizão, que goleou 29 vezes. Teoricamente, eu disse. É que ainda falam oito gols pra isso.
Mas voltando à desclassificação do Fluminense, é preciso dizer que o Tricolor mais lindo do mundo foi seriamente prejudicado pela arbitragem. Um pênalti claríssimo, quando o jogo ainda estava em zero a zero, deixou de ser dado sobre o Fred. Ou seja: nem com o VAR os caras agem a nosso favor.
O interessante é que na mesma hora em que o pênalti foi ignorado, eu recebi uma mensagem pelo WhatsApp de um amigo tricolor, que pediu para não ser identificado (talvez com medo de ser tachado como disseminador de fake news), dizendo que aquilo era coisa típica dos inimigos flamenguistas.
No dizer desse meu amigo anônimo, os flamenguistas morrem de medo de enfrentar o Fluminense. Por mais que o time deles esteja em alta, jogar contra o Fluzão é sempre um grande risco. Já contra o Barcelona, são favas contadas. Segundo os caras, o Fla vai golear duas vezes. E ponto final.