Começou animado o returno do campeonato acreano de futebol. Nos três primeiros jogos foram marcados 12 gols. Média de quatro gols por jogo. O Atlético entrou com a corda toda. Mandou logo meia dúzia no lombo do Humaitá. E o Plácido tirou sua casquinha de um santo chamado Francisco.
Só o Vasco, até o presente momento, é que estreou sem goleada. Ficou na vantagem mínima sobre o Náuas. Fazia mais de ano que o Vasco não ganhava umazinha. Tirou o dedo, como se diz nas altas rodas de malandragem. De acordo com o presidente Lobinho, agora a coisa vai.
Mas o que eu quero fazer mesmo nesse papo furado de hoje são reflexões sobre o primeiro turno, cujo caneco o Galvez levou para as suas vitrines. São muitas as reflexões. No latifúndio de papel (ou virtual) que me toca para escrever o texto não dá para listar todas. Mas cabe algumas delas.
Primeira reflexão: levando em conta o calendário da “mama” CBF, que determina que os campeonatos estaduais sejam disputados no comecinho da temporada, e levando em conta que esse é o período do ano em que mais chove, todos os jogadores tem que aprender a tabelar com os pingos d’água.
Segunda: ainda levando em conta a intensa precipitação pluviométrica, todos os times devem providenciar uniformes impermeáveis, de preferência feitos de plástico. Para dias de tempestades, faz sentido até que vistam uniformes de borracha, tipo aqueles usados por mergulhadores.
Terceira: magos não devem ser contratados por times católicos. Mesmo que a gente viva numa época em que se enaltece o sincretismo religioso, no futebol essa prática não dá certo. Prova disso foi a passagem relâmpago do veterano Marcello Altino como técnico do São Francisco.
Quarta: com relação ainda a essas coisas de magia, fica a suspeita que o Marcello Altino não é um daqueles magos que se pode dizer “até debaixo d’água”. A ligação do dito cujo parece ser somente com a terra e o fogo. Mas isso é só um palpite do cronista. Carece de maiores observações no futuro.
Quinta: o Tricolor de Aço, sob o comando do competente e abnegado Illimani Suares, deu o exemplo de que tudo pode ser reciclado nesse mundo de intenso desperdício. Bastou, para isso, pregar o escudo do time em cima de uma antiga estrela. E aí, a camisa que era de um passou a ser de outro.
Sexta: os preparadores físicos de hoje podem ser os grandes treinadores de amanhã. Afinal, o Edson Maria (Vasco) e o Jáder Andrade(Rio Branco) estão aí para confirmar essa hipótese. Sem falar no Marcelo Fontinele, que levou o São Chico a uma vitória depois de anos infindos!