Andei fazendo uma rápida pesquisa na tabela de classificação da Série D e vi que três times se destacam pela capacidade de empatar as suas partidas: o Atlético Acreano, no Grupo 1; o Central de Caruaru-PE, no Grupo 4; e o Marcílio Dias-SC, no Grupo 8. Todos esses empataram seis vezes!
Essa capacidade de não se deixar vencer, entretanto, não se reflete de maneira uniforme na classificação dos três times citados. O Central soma 15 pontos ganhos e ostenta o segundo lugar do seu grupo. O Marcílio Dias soma 12 pontos e está em quinto. O Atlético, por sua vez, com 6 pontos, é lanterna.
A diferença entre uns e outros é o fator vitória. O Central empatou seis, mas sobrepujou seus adversários em três oportunidades, não perdendo, portanto, nem uma umazinha. O Marcílio Dias venceu duas vezes e perdeu só uma. Já o Atlético, quando não empatou saiu de campo de cabeça baixa.
Faltando ainda cinco partidas para serem disputadas, isso significa que o glorioso Atlético só pode chegar a 21 pontos. Um a mais do que ostenta nesse momento o paraense Bragantino, o líder do Grupo 1. Ou seja: necas de pitibiriba. Não tem reza de padre velho que possa tirar o Galo dessa encrenca.
Aí, os mais otimistas podem dizer que se classificam quatro em cada grupo e que o Atlético pode muito bem pegar uma vaguinha sim à próxima fase. Que o quarto lugar nesse instante, no caso o Rio Branco, tem somente (?) 16 pontos e coisa e tal. Aí eu respondo: – Acreditar nisso, só bebendo!
É claro, como dizem os manuais de filosofia esportiva, que “o jogo só acaba quando termina”. Mas é que se o Atlético continuar com o seu desempenho, e empatar os cinco jogos restantes, só chegará a onze pontos. Número que, eu penso, continuará deixando o time em último do seu grupo.
Em favor do Atlético, nesse aspecto de campanha abaixo da crítica, devo ressaltar que ele não é o time de pior desempenho dessa Série D. Piores do que o Galo Azul do Segundo Distrito de Rio Branco são o alagoano Jacyobá, o paranaense Toledo e o Tocantinense Palmas. Estes são piores!
O Jacyobá, time do Grupo 4, empatou quatro vezes e perdeu outras cinco. O Toledo, integrante do Grupo 7, empatou uma vez e perdeu outras oito. Enquanto isso, o Palmas, (Por Tutatis! – como diziam os irredutíveis gauleses quando clamavam ao seu deus), com zero ponto, perdeu só todas!
É isso. Empatar e perder, como diziam os vetustos faraós (isso está escrito nos antigos pergaminhos, viu?), só prova a cada rodada que o buraco pode ser sempre mais embaixo. Oxalá o Atlético, que um dia já fez sucesso na Série C, não demore a reencontrar o caminho do bom combate. Oxalá!