Aproveitei a primeira semana do ano para dar um rolê pela República Dominicana, na antiga Ilha Hispaniola, onde numa tarde de outubro de 1492 o navegador italiano Cristovão Colombo aportou as suas caravelas. Apesar de entender que chegara às Índias, Colombo descobrira a América.
Viagem longa (nove horas de voo), mas de fácil logística. Embarquei no começo de madrugada de segunda-feira, num avião da Copa Airlines, no Rio de Janeiro, e no começo da tarde, depois de uma conexão na Cidade do Panamá, já estava desembarcando na parte ocidental da Ilha Hispaniola.
Santo Domingo, a capital da República Dominicana, é uma cidade linda, extremamente aprazível para todos aqueles que gostam (como é o meu caso) de colocar os pés, simultaneamente, em dois tempos: o passado, pelos seus monumentos, e o presente, representado pelas novas edificações.
No palácio de Diogo Colombo (Diego Colón, em espanhol), filho de Cristóvão, situado na Praça da Espanha, tudo se mantém conservado como nos primeiros anos do Século XVI. Mergulha-se no passado ao percorrer-se os aposentos e respira-se aquela época de descobrimentos e navegações.
Caminhando-se no sentido oposto ao palácio, que se denomina “Alcácer”, chega-se à Rua das Damas, a mais antiga da cidade, onde predominam construções centenárias, inclusive um local onde a “santa madre igreja” instalou um daqueles seus repulsivos tribunais de inquisição.
No “malecón”, que se estende por vários quilômetros em volta da cidade, enquanto isso, fruto da administração do ditador Rafael Trujillo, que se manteve no poder por mais de trinta anos ao custo de um banho de sangue no país, a cidade moderna se debruça sobre um mar de águas turquesas.
Contemplar o sol se pondo a partir do malecón é um desses raros espetáculos que a natureza proporciona. Nos seis dias que eu passei por lá, vi e revi essa cena. E todos as vezes que a revi, apesar de ser o mesmo sol, o mesmo mar e o mesmo calçadão, parecia sempre que era tudo diferente.
Andei tudo o que podia em Santo Domingo. Mas ainda tive tempo de explorar, ainda que rapidamente, os arredores, com esticadas às praias de Boca Chica e Punta Cana. Boca Chica fica logo depois do aeroporto. Cerca de 50 Km de onde eu estava. Já para Punta Cana, eu precisei ir ao interior.
O futebol de lá? Sim, eles até jogam. Mas no que eles mais se ligam mesmo é no beisebol. Nunca vi povo tão fanático por esse esporte. São horas e horas de jogos e resenhas nos programas de televisão. Tudo muito esquisito para o olhar de um brasileiro, aqueles caras jogando com um pau nas mãos!