Encerraram-se as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia. Entre mortos e feridos, acabaram carimbando as respectivas vagas as seleções do Brasil, do Uruguai, da Argentina e da Colômbia. O Peru, esse ainda esperneia e vai disputar a sua vaguinha na repescagem.
O Brasil, como todo mundo sabe, classificou-se em primeiro lugar, com um pé nas costas. Na despedida sapecou clássicos três a zero nos conterrâneos de Michelle Bachelet. O Chile tomou um passeio de bola na frente da mandatária. Orgulhosos, voltaram para casa de cabeça inchada.
Mas a nota destoante dessas eliminatórias foi o pífio desempenho dos argentinos. Cheios de marra como só eles sabem ser, os caras só lograram conseguir a vaga na última partida, jogando contra um Equador desclassificado, de futebol mais fraco do que caldo de batata portuguesa.
Para uma seleção que tem o dito melhor jogador do planeta entre as suas fileiras, vencer apenas sete vezes em dezoito partidas, convenhamos, é um desempenho bem abaixo da crítica. Esse melhor do planeta, aliás, pra falar a verdade, só jogou alguma coisa aos 45 minutos do segundo tempo.
Los Hermanos jogaram uma bola tão murcha nessas eliminatórias que perderam até da Bolívia. Perder da Bolívia, no meu ponto de vista, é inadmissível. Boliviano não sabe jogar nem porrinha, nem pebolim… A bola desses andinos ainda está na pré-história… Pois a Argentina perdeu deles.
E esses mesmos equatorianos que sucumbiram por três a um na última rodada, nessa terça-feira que recém passou (10 de outubro), para os argentinos, meteram dois cocos a zero na turma do Messi lá no início da competição, em plena Buenos Aires, no mês de agosto de 2015. É mole?
Os argentinos demoraram tanto para entrar no clima que eu lembrei de uma frase que costumava ser dita pelo engenheiro agrônomo Simi Batista de Menezes, amigo meu de longas datas, quando alguém se salvava no último instante de alguma situação meio enrolada: “Escapou fedendo!”
E esse “escapar fedendo”, dizem as cartas do meu tarô, não foi porque o Messi resolveu mandar o azar para os quintos dos infernos. As cartas dizem é que foi preciso chamar Evita Perón, tirando-a do seu descanso eterno. Foi Evita Perón na pele do Messi quem fez os gols argentinos!
Na Argentina todo mundo sabe disso. Eles não vão espalhar a notícia para não ferir o orgulho dos craques da sua seleção. E também para não atrapalhar a próxima eleição de melhor do mundo, que tem o Messi como candidato. Mas cuidado: Santa Evita já disse que não vai à Copa da Rússia!